O mundo foi altamente digitalizado ao longo das últimas décadas e, atualmente, são diversos os serviços que praticamente todas as pessoas utilizam em poucos segundos, seja em um computador ou por meio de um simples smartphone em mãos. Seja para comprar comida, conseguir um meio de transporte ou pagar contas, o mundo digital atualmente oferece inúmeras possibilidades. O avanço da tecnologia não poderia deixar de marcar presença também na educação, obviamente; afinal, ela é um dos principais pilares dos países que almejam crescimento e prosperidade de seus cidadãos. Como filosofou certa vez o pensador prussiano Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.
O esforço para promover novas tecnologias na educação ganha ainda mais importância quando são analisadas as condições de desigualdade, agravadas com a chegada da pandemia do novo Coronavírus. De acordo com a pesquisa TIC Educação, divulgada em 2020, por exemplo, 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não têm computador ou tablet em casa — em instituições particulares, o índice é de 9%. O mesmo estudo ainda mostra que apenas 14% das escolas públicas, estaduais e municipais, tinham algum ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem antes da pandemia. Os números são alarmantes, em especial quando analisados sob a ótica da importância da conectividade e do uso das tecnologias digitais no aprendizado.
Para mudar esse cenário, tanto no Brasil como no mundo, são implementadas iniciativas com base em conceitos de “escola 4.0 e 5.0”, formatos de ensino que têm como meta a promoção da interação dos estudantes com novos meios tecnológicos e o relacionamento com a sociedade. Esse contato é fundamental para apresentar aos estudantes os desafios do mundo digital e, claro, ensiná-los a contornar as barreiras que surgem em um espaço cada vez mais dinâmico. A promoção da educação também é vista por entidades educacionais privadas com base tecnológica.
Atualmente já existe um Ecossistema Econômico Educacional Apoiado por Rede de Finanças Descentralizada e Metaverso, iniciativa que permite instituições públicas e privadas ofertarem produtos e serviços educacionais.. Além disso, o ecossistema viabiliza reconhecimentos e premiações em criptomoedas para alunos, professores e demais envolvidos no processo educacional. As tendências que irão acelerar o uso de novas tecnologias nos próximos anos ainda devem se basear em elementos da chamada cultura de inovação, nas mudanças da forma de avaliação dos estudantes, além de um modelo de aprendizagem híbrido e colaborativo — características tradicionais das ferramentas tecnológicas. Mudanças essas que têm como objetivo uma só coisa: o desenvolvimento do ensino nas mais diversas formas, a fim de que a educação seja acessível a qualquer indivíduo, onde quer que ele esteja.
Por Carlos Jacobino, CEO da Inkluziva.
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