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Confira seis erros de gestão de TI que devem ser evitados

Em tempos de Transformação Digital generalizada, já é possível afirmar que a tecnologia da informação (TI) se consolida como grande protagonista dentro das organizações. Com boa parte dos empreendimentos cada vez mais digitalizados, gerir a TI de forma a assegurar a performance, aprimorar produtos e serviços e ainda manter os custos com tecnologia sob controle é fundamental para a sustentabilidade do negócio.

Mas para garantir a eficiência e segurança da infraestrutura, processos e recursos, existem erros que precisam ser evitados. Listo aqui seis que considero especialmente perigosos nas práticas de gestão da TI:

1º erro – Comportamento reativo em cibersegurança
Pesquisa da Tanium divulgada em agosto revela que 3/4 das empresas do Reino Unido realizam investimentos em cibersegurança após sofrerem um ataque hacker e que 63% das lideranças se preocupam com a segurança cibernética depois de um incidente; 79% dos líderes aprovam um orçamento para segurança cibernética após haver uma violação de dados e 55% não têm o número suficiente de colaboradores para adotar medidas preventivas de segurança.

Por outro lado, segundo o mesmo estudo, as organizações que adotam uma abordagem preventiva em relação à segurança cibernética têm uma probabilidade significativamente menor de ter sofrido um ataque ou violação nos últimos 24 meses (79%) do que aquelas que são mais reativas (90%).

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um ataque hacker em uma indústria, por exemplo, pode significar a paralização de todos os sistemas e do andamento dos trabalhos em todas as áreas, como compras, produção, estoque, processamento de pedidos, logística, etc. O resultado é um prejuízo enorme.

2º erro – Falhas na governança
O gestor de TI é o responsável por organizar e coordenar todos os processos relacionados à área e deve conhecer com profundidade o dia a dia do setor, bem como as dificuldades e riscos enfrentados. Falhas nesta governança e nas políticas de gestão podem resultar em uma desorganização da área e culminar em procedimentos que, na prática, podem geram prejuízos.

Apenas como um exemplo, cito a má utilização de dispositivos particulares (smartphones, tablets e notebooks) de forma inadequada, sem nenhum controle ou restrição, para acessar aplicativos e recursos corporativos, abrindo “portas” para ciberataques.

3º erro – Falhas na gestão de mudanças
Deixar de implementar a gestão de mudanças no gerenciamento de serviços de TI impede que a Transformação Digital aconteça da forma planejada, ou seja, controlada e alinhada às estratégias do negócio. Neste caso, contar com o apoio de um Business Partner pode auxiliar no processo de gestão de mudanças, assegurando que todas as áreas estejam integradas.

Como mero exemplo de mudança, destaco a migração para a Nuvem dos aplicativos de negócios. O  permite estruturar melhor os recursos utilizados, ao prever o crescimento de uma base de clientes, e ter como resultado a gestão e a redução dos gastos em TI. Quando bem utilizada, a solução potencializa os benefícios da nuvem, garantindo eficiência, alta capacidade para inovar e otimização dos custos em tecnologia. Porém, para acontecer bem, esta mudança que exige a devida integração das áreas da organização.

4º erro – Junioridade do time
Há organizações que mantém times de TI essencialmente júniores, sem as certificações necessárias para as tarefas, ao mesmo tempo em que teme investir em treinamento por receio de perder estes colaboradores para outras oportunidades de trabalho e, assim, não se beneficiar do investimento. O problema é que a falta de capacitação se traduz em falta de acompanhamento da evolução tecnológica.

Segundo pesquisa da FEEx – FIA Employee Experience, os profissionais de TI estão entre os mais procurados. Em comparação a outros setores, os colaboradores do segmento recebem 84% mais convites para participar de processos seletivos em outra organização. Ou seja, a falta de pessoal capacitado no mercado faz com que os profissionais com os requisitos necessários sejam mais buscados e valorizados.

No Brasil, a previsão é de abertura de pelo menos 400 mil vagas na área de Tecnologia até 2024, mas faltam pessoas preparadas para as funções. Sofrendo com alta rotatividade de talentos, muitas empresas fazem implementações sem manter o devido histórico, gerando um grande retrabalho. Quando essas equipes contam com parceiros externos que prestam suporte em TI, é mais raro que essas perdas aconteçam, pois o histórico fica registrado.

5º erro – Implementações inadequadas
Sistemas construídos sem estruturas adequadas geram diversos problemas de performance e segurança. Isso acontece, por exemplo, na hora de dar continuidade à Transformação Digital. Cada passo deste processo precisa ser calculado e nada deve ser feito por impulso. Como exemplo, não se se trata de comprar um software, e sim de planejar tudo o que essa implementação vai gerar para se estar pronto para as mudanças e levá-las a bom termo, já de olho nas próximas mudanças.

Como um processo sem prazo para terminar, a Transformação Digital é voltada ao curto, médio e longo prazos, nunca só a um deles. Para suportá-la, a área de TI e a cultura organizacional devem estar razoavelmente estruturadas para implementar, gerenciar, fazer uso e manter as tecnologias, assegurando que os recursos sejam utilizados de maneira efetiva, gerando valor para as pessoas e organizações. Contar com o apoio de uma empresa parceira que possa oferecer o diagnóstico de TI é o primeiro passo para a transformação digital de uma empresa

6º erro – Redução de custos não planejada
Por fim, reduzir custos em TI de forma não planejada pode, obviamente, impactar a qualidade dos sistemas. Para uma avaliação de custos inteligente, é essencial que a área trace uma estratégia que faça sentido para os objetivos do negócio, de tal forma que a escolha de produtos e soluções venham a atender às necessidades da organização.

Neste caso, a aplicação de serviços em Nuvem e do FinOps como soluções essenciais para inovação, evitam problemas de aumento de custos inesperados e de integrações, contribuindo para a redução de custos de forma assertiva e planejada, quando aplicadas de forma correta, com apoio de um parceiro experiente.

Por Walter Ezequiel Troncoso, CEO da Inove Solutions.

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