As empresas brasileiras estão cada vez mais preocupadas com a resiliência e agilidade de suas operações de TI, impulsionando o rápido crescimento em todos os tipos de serviços de Nuvem privada e híbrida, de acordo com um novo relatório de pesquisa publicado nesta quarta-feira (6/7) pelo Information Services Group (ISG), uma empresa global de pesquisa e consultoria em tecnologia. O relatório 2022 ISG Provider Lens Next-Gen Private/Hybrid Cloud – Data Center Services and Solutions para o Brasil encontra novas regulamentações, novas tecnologias de hospedagem gerenciada e o número crescente de ataques de ransomware no Brasil que contribuíram para um boom de Nuvem híbrida nos últimos anos. Assim, mais organizações continuam a migrar a TI local para serviços gerenciados, hospedagem gerenciada e serviços de colocation. “As empresas brasileiras exigem redes de baixa latência, backup e recuperação e implementação mais rápida de novos serviços”, disse Bernie Hoecker, sócio da ISG Enterprise Cloud. “Para a maioria, isso significa buscar uma estratégia de Nuvem híbrida”, completou.
Como resultado, os mercados de Nuvem e colocation estão crescendo rapidamente no Brasil. Existem agora seis hyperscalers em Nuvem operando no País, com 13 a 15 Data Centers em Nuvem hospedados em instalações de colocation, diz o relatório. Pelo menos mais seis grandes instalações estão em construção para atender à demanda por espaço físico do Data Center. Provedores globais de Nuvem, como AWS, Microsoft e Google, elevaram o padrão de segurança, qualidade de serviço e conformidade ambiental, social e de governança (ESG) nos Data Centers brasileiros, afirma o ISG.
Os provedores brasileiros de hospedagem gerenciada, antes considerados ameaçados pela entrada de hiperescaladores de Nuvem pública, estão mais fortes do que nunca graças à demanda por novas tecnologias, como plataformas de autoatendimento automatizadas que imitam o portfólio de serviços de Nuvem pública, diz o relatório.
As empresas ainda estão modernizando sua infraestrutura para cumprir os requisitos de privacidade e proteção de dados da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor há mais de um ano, diz o relatório. Além disso, os regulamentos bancários impostos em 2021 aumentaram o interesse dos bancos na migração para a Nuvem. Todos os bancos privados do Brasil estão comprometidos em adotar a infraestrutura em Nuvem, e mesmo aqueles que ainda usam mainframes têm planos de longo prazo para modernizar e migrar seus aplicativos.
O relatório também examina outras tendências no mercado brasileiro de Nuvem privada/híbrida, incluindo como as novas tecnologias, entre elas Machine Learning e automação de serviços, estão ajudando os provedores a oferecer melhores serviços, apesar do aumento dos custos e da escassez de mão de obra qualificada.
O relatório de 2022 para o Brasil avaliou os recursos de 40 provedores em quatro quadrantes: Serviços Gerenciados para Grandes Contas, Serviços Gerenciados para Midmarket, Hospedagem Gerenciada e Serviços de Colocation.
O relatório nomeia edge.uol, Equinix e T-Systems como líderes em três quadrantes cada e Ativy, Matrix e Tivit como líderes em dois quadrantes cada. Ele ainda nomeia a Ascenty, Capgemini, Claranet, Dedalus, HostDime, Kyndryl, Logicalis, Lumen, Scala, Skymail, Unisys, V8 Consulting e Wipro como líderes em um quadrante cada.
Serviço
www.isg-one.com
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