De acordo com o Decreto n° 10.306/2020, o uso da metodologia BIM em obras públicas no Brasil tornou-se obrigatória, com implementação de forma gradual em três fases, a partir de janeiro de 2021, 2024 e 2028. Essa metodologia envolve o processo de modelagem multidimensional com o desenvolvimento de informações durante todo o ciclo de vida de um ativo, ou seja, o gerenciamento das informações de um projeto em modelos virtuais, no qual todos os agentes são envolvidos de forma colaborativa.
Em 2020, a primeira versão do estudo realizado pela Grant Thornton, empresas globais de auditoria, consultoria e tributos; pelo Sienge, plataforma de gestão especialista no setor da construção, e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), indicava que 38,4% das empresas participantes do mapeamento já utilizavam a metodologia, com 70% das empresas afirmando que pretendiam adotá-la em até dois anos.
Essas informações, trazidas por mais de 640 empresas e profissionais, mostraram que ainda havia um longo caminho a percorrer. Por isso, o objetivo agora é verificar se houve um incremento na utilização da metodologia e de quanto.
“Queremos identificar se o setor da construção civil aumentou os investimentos em digitalização, como em melhoria dos processos internos, por exemplo, uma vez que a obrigatoriedade do uso de BIM em obras públicas já vale há mais de um ano”, afirma Erico Giovannetti, sócio de Consultoria Empresaria da Grant Thornton Brasil. “É importante avaliar como essa metodologia, que promove mudanças na forma de pensar e agir em toda a cadeia produtiva e encoraja a colaboração multidisciplinar em projetos no longo prazo, vem sendo utilizada e adotada pelas empresas”, conclui.
“Apesar dos avanços dos últimos anos, o setor tem um longo caminho a percorrer até atingir um processo maduro e coeso de adoção do BIM, que inclua, por exemplo, um plano de negócio prevendo o ganho de escala e a otimização de custos, entre outros benefícios, que respaldem os investimentos necessários para adoção dessa metodologia”, avalia Guilherme Quandt, diretor de Estratégia e Mercado do Sienge.
“A metodologia BIM é uma das alavancas para a Transformação Digital no canteiro de obras e os resultados desta pesquisa serão de fundamental importância para a tomada de decisão dos próximos anos”, conclui Leonardo Santana, analista de Produtividade e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Esta segunda edição da pesquisa foi reformulada e traz 20 questões focadas no nível de maturidade da metodologia BIM no Brasil. Também busca atingir toda a cadeia da indústria da construção do país, incluindo construtoras, empresas de engenharia de projetos e arquitetura, incorporadoras, fabricantes de materiais de construção, entre outros.
A previsão é que os resultados sejam divulgados em setembro deste ano.
Leia nesta edição:
MATÉRIA DE CAPA | TIC APLICADA
Campo digitalizado: sustentabilidade e eficiência
TELECOMUNICAÇÕES
Infra para Conectividade: competição quente
NEGÓCIOS
Unidos para inovar
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APLICAÇÃO
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