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As empresas desconhecem os benefícios do 5G, afirma a IDC

Apesar de ser uma tecnologia disruptiva, a grande maioria das corporações enxergam apenas a maior velocidade e a conectividade, sendo que seu potencial é muito maior

As empresas desconhecem os benefícios do 5G, afirma a IDC

A IDC Brasil divulgou nesta terça-feira (24/5) uma prévia de uma pesquisa sobre o futuro do 5G no Brasil e na América Latina, abordando o lado dos consumidores e do uso nas empresas. A IDC trata o 5G como uma tecnologia disruptivas e surpreendeu o nível de desinformação, principalmente do mundo corporativo, dos benefícios e potencialidades que o 5G oferece. Quando perguntado sobre os benefícios que a sua implementação poderá trazer para a empresa, em primeiro lugar (54%) está a capacidade de melhorar a conectividade no ambiente de trabalho, seguido de garantir a performance (46%). Discretamente os entrevistados abordaram aspectos de novos modelos de negócios ou possibilidades de uso, que é o que se espera de tecnologias disruptivas.

As operadoras não vão conseguir fazer esse trabalho de comunicação sozinhas. Por isso a importância do ecossistema para que toda a cadeia possa surfar nessa onda do 5G

Segundo explicou Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, foram entrevistados 192 empresas na AL, dos quais 51 no Brasil, com mais de 100 funcionários e de diversas verticais. As análises desta parte B2B ainda estão em andamento, mas já foi possível divulgar uma prévia. “As operadoras vão ter disponíveis os serviços 5G nas capitais em julho, salvo adiamentos que possam ocorrer, e elas precisam abordar os clientes e prepará-los para comprar os serviços de uma forma diferente do que existe hoje. E aqui não são somente serviços móveis com smartphones e tablets, estamos falando de serviços de conexão sem fio providos pela rede 5G, que vão conectar sensores, máquinas, veículos, entre outros”, observou o gerente. “A pesquisa sinaliza o que a força de vendas irão encontrar em campo: as empresas ainda não sabem o que o 5G pode trazer de benefícios – 88% disseram que é para conectar devices e 80% para conectar escritórios e filiais. Possibilidade de gerenciamento de frota, monitoramento remoto de pacientes, Realidade Aumentada/Virtual, conexão de veículos, sinalização remota em varejo e outras aplicações tiveram poucos comentários”, afirmou Saboia.

Para a IDC, a explicação para as empresas associarem o 5G majoritariamente à velocidade de conexão está na desinformação. “A comunicação que vem sendo feita pelas operadoras não está priorizando o mercado corporativo, mostrando como a tecnologia vai trazer uma transformação nos negócios, por meio de exemplos de casos de uso. A comunicação que está sendo feita exalta mais a parte de velocidade e conectividade”, salienta Saboia. “As operadoras não vão conseguir fazer esse trabalho de comunicação sozinhas. Por isso a importância do ecossistema para que toda a cadeia possa surfar nessa onda do 5G”, comentou.

Consumidores

A pesquisa da IDC também investigou como o consumidor enxerga a tecnologia 5G. Foram entrevistadas 3.004 pessoas, sendo 723 no Brasil. A tabulação dessa parte da pesquisa já foi concluída. Entre as principais descobertas, 95% dos brasileiros afirmaram que possuem algum conhecimento sobre 5G e 36% disseram que possuem um bom conhecimento. Mas apenas 22% disseram que pretendem migrar para o 5G nos próximos 12 meses após o serviço estar disponível. Na América Latina, este percentual é ainda menor, 16% “A razão desse número baixo está principalmente relacionada aos devices e em relação aos seus preços. Muitos não querem trocar os aparelhos no momento, estão satisfeitos com eles ou ainda estão pagando”, disse Saboia.

Entre os consumidores, quando perguntado sobre os principais benefícios que o 5G irá trazer, em primeiro lugar foi mencionada uma nova forma de acessar a Internet, seguida de assistir vídeos em streaming, jogar games, trabalhar e fazer compras online. A segurança não apareceu como uma grande preocupação por parte dos entrevistados, já que apenas 15% no Brasil disseram que sofreram algum tipo de ataque cibernético.

Serviço
www.idc.com

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