O 5G está em pauta desde 2020, com muitas discussões sobre a tecnologia que promete ser de 50 a 100 vezes mais veloz que o 4G enquanto consome até 90% menos energia, de acordo com normas estabelecidas pelo GSMA, a organização internacional formada por mais de 1200 operadoras de rádio, telefonia e internet para implementar a rede. Para o setor logístico, essa tecnologia pode trazer muita segurança e confiabilidade nos prazos.
A rede 5G representa a quinta geração da tecnologia de comunicações móveis, e foi desenvolvida para melhor lidar com problemas como o aumento de dados sendo compartilhados mundialmente e a preocupação ecológica com consumo energético excessivo. A cobertura 5G é mais eficiente e ampla, suportando uma maior transferência de dados e de usuários simultâneos.
Segundo Guilherme Juliani, CEO do Grupo MOVE3, referência em logística no Brasil, a tecnologia representa um grande avanço para o setor. “A fluidez e rastreamento das mercadorias pode ser facilitada, já que as cargas e veículos serão rastreáveis em real time, sem delays, o que traz mais segurança para os prazos de entrega serem constantemente atualizados. Outro fator é que a análise de dados será mais completa com o 5G, possibilitando uma tomada de dados mais informada e, consequentemente, mais eficaz e inteligente”, conta o CEO.
Confira três formas que a tecnologia pode ajudar a logística:
Segurança
Além da maior segurança em passar prazos atualizados para o cliente, existe uma maior segurança física proporcionada pelo 5G. “Poderemos fazer um monitoramento amplo dos veículos mais preciso, com maior observação contínua dos mesmos, o que fará falhas mecânicas serem detectadas antes de se tornarem críticas. Isso garante maior eficácia das entregas e maior segurança dos entregadores, que não correrão o risco de ficarem presos em regiões em que veículos de entrega são mais visados”, aponta Guilherme. “Além disso, o maior número de conexões sem fio minimiza riscos de incêndio, que muitas vezes são iniciados por curto-circuitos na rede elétrica”, afirma Juliani.
Gestão
Com o 5G, o processo de gestão logística pode se tornar menos mecânico e mais informado por dados. “A gestão de armazéns e estoques com radiofrequência (RFID) não terá interferência, e poderá ser usada em toda a carga. A maior conectividade também possibilita que mais veículos, dispositivos e equipamentos estejam na mesma rede, o que melhora a visibilidade dos processos e a tomada de decisões mais inteligentes”, explica Guilherme.
Velocidade
A velocidade de 50 a 100 vezes maior traz benefícios, como uma atualização em tempo real de veículos e entregas, assim como a possibilidade de alteração de rotas por variáveis como acidentes e engarrafamento. Segundo Juliani, a velocidade não é necessariamente responsável por novidades, e sim uma melhoria no que já existe: “Já é comum rastrear veículos e pedidos, assim como calcular rotas e alterá-las com tecnologia especializada, mas os sistemas nem sempre tem um funcionamento sem atrasos e dependem da conexão dos veículos, que pode ser afetada em localidades mais remotas. Outro problema que enfrentamos é a interferência eletromagnética em grandes centros urbanos, com muitos aparelhos conectados a mesma rede, uma questão que a tecnologia também se propõe a solucionar. O 5G dá maior estabilidade e velocidade aos processos que já existem.”
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