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Denodo reforça time e busca novas parcerias para crescer no Brasil

A empresa de gestão de dados cresceu seu time e agora busca conquistar a confiança das grandes consultorias para participar de grandes projetos corporativos

Denodo reforça time e busca novas parcerias para crescer no Brasil

A Denodo, empresa de gestão de dados, desembarcou no Brasil no início da pandemia de Covid-19, momento em que as companhias fecharam seus escritórios e estavam mais preocupadas em dar continuidade aos negócios. O momento não era propício, mas mesmo assim, a Denodo não abortou o seu projeto. Segundo Marco Wenna, diretor comercial da empresa, o início não foi fácil, mas os resultados foram acima do esperado. Agora, com a pandemia dando uma trégua, a Denodo planeja forte crescimento este ano e vem se preparando para isso.

Denodo completou dois anos de atividades no Brasil. Qual o seu balanço desse período?

Fizemos agora dois anos de Brasil comemorando bons resultados. No primeiro ano conseguimos um resultado pouco acima do esperado e neste segundo ano mais que triplicamos a receita. E as expectativas são muito boas agora, crescemos o time e estamos investindo e várias áreas dentro da empresa, não somente vendas, mas também pós-venda, que é importante – contratamos um customer success manager aqui no Brasil para ajudar ainda mais os clientes na jornada de utilizar o Denodo. E vamos crescer mais o time de vendas e marketing.

E quanto as parcerias, o que tem sido feito?

O objetivo é ter parceiros mais qualificados e engajados nos ajudando neste crescimento no Brasil. Inicialmente, buscamos parceiros especializados, mas queremos expandir agora para as grandes consultorias. Hoje temos oito parceiros no Brasil, que atuam de forma regional, no Sul do País, Rio de Janeiro, buscamos um em Brasília e Minas Gerais, além de grandes centros, como São Paulo. As grandes consultorias possuem abordagens estratégicas fim a fim. A nossa solução pode começar resolvendo um problema pontual de dados do cliente, mas muitas vezes acaba se tornando uma solução corporativa pela sua eficiência e facilidade.

Como foi o início das atividades no Brasil?

Começamos na pandemia. O primeiro momento foi informar o que a Denodo faz, como faz diferente, mais eficiente, mais moderno. E passamos a angariar parceiros. No ano passado, a Denodo fez um movimento interessante, que foi estar disponível nos marketplaces dos provedores de Nuvem AWS, Google Cloud e Microsoft. Dessa forma, passamos a ter presença em grandes projetos de dados. Os clientes estavam indo para Cloud e agora estão indo para uma estrutura Multicloud, usando vários provedores. Neste ponto é que a virtualização auxilia muito. A Denodo começou como uma plataforma de virtualização de dados, mas com o tempo foi agregando muitas funcionalidades, como catálogo e governança de dados, eficiência nas consultas e Inteligência Artificial. Hoje, somos uma plataforma de Data Management, fazemos gestão de dados por meio da virtualização. Fazemos toda parte de gestão, desde acessar dados brutos em algum lugar, fazer cruzamentos, prototipar para Data Science, disponibilizar como API para integrar com aplicações dentro do ecossistema da empresa. Assim, nos tornamos uma plataforma muito mais ampla do que apenas virtualização de dados.

Como este mercado vem evoluindo?

Existiu um momento em que, para integrar dados de sistemas diferentes, era necessário mover tudo para um repositório, era o Data Warehouse departamental, que depois evoluiu para o Data Lake, mais corporativo. Mas, o fato é que não é a forma mais eficiente, já que há novas tecnologias hoje. Também não é a forma mais barata e nem a mais rápida. Não significa que o Data Lake vá morrer, ou que não seja importante, pelo contrário, ele faz parte de um ecossistema de dados. Depois dessa experiência de Data Lake, tem um estudo que diz que apenas 18% dos projetos de Data Lake são bem-sucedidos.  As novas técnicas, como a virtualização, criam modelos de dados, podendo definir tempo de atualização, se quer apenas dados quentes, fazer cache, é extremamente flexível para adicionar novas fontes de dados, sem precisar entrar em uma esteira de processos. Hoje em dia, o que os clientes estão buscando é rapidez na disponibilidade dos dados para a tomada de decisão.

Onde a Denodo enxerga oportunidades?

Os dados hoje estão dispersos nas empresas, por mais que haja um movimento de mover os dados para um repositório centralizado. Existe um estudo que diz que, para fazer uma análise do zero, se perde 80% do tempo para acessar os dados que se precisa até que estejam disponibilizados. Os 20% restantes são para analisar, quando deveria ser o inverso. O que estamos mostrando para os clientes é a facilidade com que a nossa plataforma consegue acessar as informações. Mesmo com a centralização, as empresas continuam tendo silos de dados, o Multicloud, por exemplo, são silos diferentes. Depois da onda do Data Lake, uma segunda onda traz como conseguir o acesso rápido aos dados e com governança. Essa é a grande oportunidade que estamos vendo no mercado.

Quais verticais da indústria estão no radar da empresa?

A nossa maior presença no Brasil hoje é no setor financeiro, temos algo em manufatura e no setor de farmácia. Vemos um setor financeiro demandante, mas manufatura está buscando muito a integração de dados, principalmente dados de clientes e carteiras de pedidos cruzando com dados de produção. Mas como pegar dados de produção em tempo real e cruzar com a carteira de pedidos? Com a virtualização, a nossa plataforma permite isso. O setor elétrico tem vários sistemas, eles querem acompanhar a rede, como está performando, como estão as perdas, onde conseguem controlar melhor a distribuição. Tem surgido projetos neste sentido também.

Qual o futuro desta tecnologia?

O primeiro grande desafio das empresas é conseguir o dado de que precisa. Perde-se muito tempo para saber onde o dado está e acessá-lo. As ferramentas de análise de dados vão evoluir muito, com uso de Inteligência Artificial. Mas de nada adianta ter as ferramentas se não há pessoas capacitadas parar usá-las. Assim, também vai haver muita automação nesse sentido. Temos um banco como cliente nos EUA que automatizou toda a análise de crédito. O Denodo busca as informações do cliente na base de dados, consulta bases de dados externas, faz a análise e em tempo real mostra o crédito aprovado de acordo com o risco. O que durava uma semana agora é feito na hora.

Serviço
www.denodo.com