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IEEE: projeto de nanosatélite brasileiro vai monitorar agricultura e facilitar comunicação

Liderados por Renato Borges, membro do IEEE, organização técnico-profissional, dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, pesquisadores e estudantes de Engenharia da UnB desenvolveram missão espacial Alfa Crux

IEEE: projeto de nanosatélite brasileiro vai monitorar agricultura e facilitar comunicação

No mês em que se comemora o Dia da Engenharia, um nanosatélite totalmente brasileiro entrou em órbita, em lançamento do foguete Space X, em Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. A missão espacial de ponta foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores e alunos de Engenharia da Universidade de Brasília (UnB) que participam do projeto Alfa Crux, na construção e desenvolvimento de um satélite de pequeno porte.

Liderados pelo professor de engenharia Renato Borges – membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), organização técnico-profissional dedicada ao avanço da tecnologia, em benefício da humanidade ­– o grupo desenvolveu um artefato em formato de cubo, com 10 centímetros de diâmetro e pensando um quilo. O nanossatélite irá facilitar a conexão de comunicação em regiões remotas do País. “O sistema Alfa Crux vai permitir a comunicação em lugares sem sinal de telefonia, resolvendo o problema como uma repetidora digital que funciona como uma torre de transmissão”, afirma Borges. Além disso, o nanosatélite pode ser usado na agricultura, coletando dados sobre o clima e qualidade do solo em regiões remotas.

O nanossatélite irá facilitar a conexão de comunicação em regiões remotas do País 

Movido a energia solar, o aparelho vai permanecer em órbita por dois anos a 500 quilômetros da Terra e seus dados serão monitorados quatro vezes por dia pelos pesquisadores e estudantes da UnB. Uma das grandes vantagens do projeto é o custo baixo para uma missão espacial. Foram investidos em torno de R$ 2,2 milhões pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

Grupo de especialistas do IEEE defende aumento de profissionais mulheres no campo da engenharia
Para celebrar o Mês da Engenharia, comemorado em abril, em Campina Grande uma rede de profissionais mulheres pioneiras realizam ações direcionadas para fortalecer e destacar a presença feminina no campo da Engenharia e tecnologia, incentivando a inserção dessas profissionais, em um ambiente ainda predominante masculino. O grupo conta com apoio do IEEE – Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas – organização profissional científica dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e também da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Vanessa-Schramm
Vanessa Schramm

Lideradas por Vanessa Batista Schramm, coordenadora do projeto e membro do IEEE, o grupo WIE in Focus promove atualmente palestras online mensais sempre com duas profissionais de relevância no mercado, para abordar a trajetória profissional e os principais desafios que as mulheres enfrentam no trabalho. “Durante a pandemia, foi a forma que encontramos para incentivar que mais e mais estudantes mulheres entrem nos setores de engenharia e tecnologia, utilizando essas profissionais de sucesso como espelho para suas futuras carreiras”, afirma.

O grupo luta contra a desigualdade de gênero, buscando por uma melhor representatividade da mulher dentro das engenharias. “Nosso intuito é combater o preconceito que ainda existe nos dias atuais”, ressalta Vanessa. Já participaram dos eventos profissionais destacadas de grandes companhias como Petrobras, Honda e Ford. “No Dia da Engenharia – 10 de abril ­­– é importante destacar o trabalho dessas desbravadoras pela igualdade de gênero dentro da profissão.” Os encontros virtuais são disponibilizados pelo YouTube e os conteúdos vão virar podcasts.

Engenheiras da Borborema
O grupo foi um dos responsáveis pelo projeto Engenheiras da Borborema, criado com alunos da UFCG, que visava estimular alunas do ensino médio de escolas públicas a seguirem a carreira, a fim de quebrar o paradigma de que engenharia é profissão para homens. “Por causa da necessidade de encontros presenciais, o projeto foi interrompido, por causa da pandemia, mas deve voltar assim que a situação estiver normalizada”, afirma Vanessa.

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