Dispositivo robótico utiliza luz ultravioleta e névoa ozonizada para prevenir e reduzir a propagação de agentes infecciosos, como o coronavírus, afirma Edson Prestes, pesquisador do IEEE, organização técnico-profissional, dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.
Muitas vidas poderiam ter sido salvas com essa tecnologia durante os momentos mais críticos da pandemia. Cientistas estudam também o emprego de pílulas robóticas, que ingeridas pelos pacientes, podem navegar pelo corpo humano, filmando as áreas internas.
A robótica aplicada na área da saúde ganhou um novo olhar em tempos de pandemia. Exemplo disso é o trabalho pioneiro realizado pelo Grupo Phi Robotics Research Lab, sediado no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenado pela membro do IEEE, professora Mariana Kolberg, que prevê a descontaminação de ambientes hospitalares por meio da utilização de robôs autônomo. O dispositivo usa luz ultravioleta e névoa ozonizada para prevenir e reduzir a propagação de agentes infecciosos como o coronavírus.
“A tarefa realizada pelo nosso grupo consiste em dotar os robôs de autonomia para que consigam se deslocar com eficiência a fim de emitir adequadamente luz ultravioleta em todo o ambiente para descontamina-lo. Para isso, mantemos um controle da área desinfectada, com um mapa que mostra o que foi descontaminado e o que não foi”, revela Edson Prestes, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), organização técnico-profissional, dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e pesquisador da UFRGS.
Nesses casos, os robôs poderiam funcionar de forma autônoma ou controlados por um operador humano. “Muitas vidas poderiam ter sido salvas com essa tecnologia nos hospitais durante os momentos mais agudos da pandemia”, afirma.
Tecnologias aplicadas à saúde
As pesquisas com a robótica aplicadas à saúde não param por aí. Cientistas estudam o emprego de pílulas robóticas que, ingeridas pelos pacientes, podem navegar pelo corpo humano, filmando órgãos internos e áreas de interesse dos médicos, para um diagnóstico mais assertivo. “Seria muito menos agressiva do que os exames de endoscopia e colonoscopia, por exemplo”, enfatiza.
Segundo Prestes, durante os anos de pandemia, houve uma maior atenção às tecnologias aplicadas à saúde, com o desenvolvimento de novos sistemas como nas videoconferências e telemedicina, que utilizam a robótica para a realização de cirurgias ou como suporte tecnológico ao médico.
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