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O boom do IoT é um desafio para os Data Centers

O número de aparelhos conectados e dispositivos IoTs está em uma curva crescente, e podemos prever que essa quantidade ficará ainda maior com a ampliação da conectividade a partir da implementação do 5G no Brasil. Afinal, quantos dispositivos conectados à internet você consegue identificar ao seu redor, em sua casa, na empresa, na rua, nos aeroportos?

Segundo previsão do Gartner, em 2023 teremos cerca de 43 bilhões de dispositivos inteligentes conectados à internet. Já a pesquisa do portal IoT Analytics traz uma tendência mais modesta, com mais de 27 bilhões de dispositivos IoT conectados até 2025, ultrapassando os atuais 12 bilhões de dispositivos IoT globalmente.

Se pensarmos que hoje somos cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo, percebemos que mesmo na menor das previsões, a quantidade de dispositivos IoT representa quase o dobro do total de pessoas conectadas. Grande parte do volume de dados que trafega pela internet atualmente é gerado por dispositivos inteligentes e não por pessoas.

Enquanto o mundo que nos cerca se torna mais inteligente e conectado, surge a necessidade de fortalecer as infraestruturas para abarcar esse grande volume de dados gerados por dispositivos, alguns que exigem um funcionamento contínuo, outros com funcionamento intermitente, trazendo um desafio para os que trabalham com infraestrutura de redes e Data Centers.

Desafios do Data Center
Entre os principais desafios que a grande quantidade de dispositivos IoT traz para os gestores de Data Centers estão a otimização da infraestrutura com investimentos em mais capacidade física, processamento, largura de banda e a configuração de redes.

A segurança é outro grande desafio deste cenário. Afinal, quanto mais dispositivos conectados, mais pontos de acessos, e cada um deles representa uma vulnerabilidade. Um único dispositivo que contenha uma falha pode comprometer toda a infraestrutura da empresa.

Podemos citar ainda o gerenciamento de endereços IPs, onde a quantidade muito grande e cada vez mais crescente de dispositivos pode se tornar um verdadeiro obstáculo para a continuidade do negócio. Ainda existem muitos dispositivos que operam exclusivamente em IPV4 e a adoção tardia do IPV6 dificulta ainda mais o gerenciamento, a escalabilidade e auditoria dos ativos de rede.

Infraestrutura programável
A integração de todos os elementos de uma rede se faz com a garantia de conexões de altíssima qualidade e confiabilidade. E embora existam elementos de acesso que trabalham com tecnologia “wireless”, em última instância todos os principais pontos de interconexão e acesso são prioritariamente implementados em fibra óptica.

E, nesse aspecto, os transceptores ópticos são elementos fundamentais que assumem o papel de garantir a estabilidade e confiabilidade das conexões. Mais do que isso, são os transceptores ópticos que proporcionam a rápida expansão da capacidade das redes.

Durante muitos anos, empresas adquiriram transceptores ópticos com capacidade fixa e configurados para operar somente com alguns equipamentos de rede. O mundo evoluiu e atualmente é possível adquirir transceptores ópticos que podem ser reprogramados para operar em diferentes configurações e ambientes de rede, proporcionando maior flexibilidade e maior confiabilidade a um custo muito inferior.

O uso de transceptores ópticos programáveis permite ainda um melhor gerenciamento do estoque, já que um mesmo modelo de transceptor óptico pode ser utilizado em redes com diferentes modelos de switches e roteadores.

Não importa a aplicação, não há como negar que o IoT está mudando o mundo ao nosso redor – enquanto gera montanhas de dados no processo. A utilização de transceptores ópticos programáveis certamente garantirá uma rápida expansão nas redes de comunicação e terá papel fundamental no crescimento do IoT.

Por Hermano Albuquerque, diretor geral América Latina para o Grupo Halo / Skylane Optics.

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