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O papel da disrupção no controle da inadimplência

Na busca para reduzir os níveis de inadimplência e fomentar melhores políticas de cobrança, o gestor encontra na tecnologia uma grande aliada estratégica.

Que a Transformação Digital já é uma das pautas preponderantes do ambiente de negócios brasileiro como um todo, não há dúvidas. Em maior ou menor escala, diversos setores da economia nacional vêm debatendo, implementando ou até mesmo se encontram em fase avançada de digitalização, tendência essa que, vale a pena frisar, acelerou-se dentro do contexto de isolamento social vivido no Brasil e no mundo.

Para termos uma ideia mais clara desse cenário, um estudo da KPMG divulgado no início do ano destacou que, com os desafios impostos pela pandemia, 71% das empresas aceleraram investimentos em tecnologias digitais.

E isso vale também para o sistema financeiro e seus variados nichos: só em 2020, a Febraban destacou que os bancos investiram R$ 25,7 bilhões em 2020 (volume 8% superior aos investimentos realizados em 2019), com destaque para a priorização de soluções disruptivas nos campos da Inteligência Artificial, cibersegurança e da automação de processos.

Dentro do mercado financeiro, tal movimento é impulsionado também pela necessidade de adequação das instituições à nova dinâmica desse ambiente de negócios e que incluem, por exemplo, a necessidade de atendimento às regulações do PIX, de garantia de maior segurança sobre operações financeiras, bem como, do avanço progressivo do Open Banking no Brasil.

E, no âmbito da oferta de soluções voltadas à otimização e controle de operações financeiras, cresce no mercado a tendência do uso de soluções inteligentes para a área de cobrança, as quais, combinando princípios de uma linguagem Omnichannel, Analytics, chatbots e Machine Learning, conjuram o atendimento de diferentes necessidades do mercado em uma plataforma única.

O papel da inovação
Nesse sentido, temos, por exemplo, uma digitalização de canais de cobrança que funcionam a partir de estruturas multicanal; automatização de réguas de cobrança e uso de autoatendimento em negociações, recebimento de faturas e acordos; dashboards de cobrança baseados em dados e análise para geração de relatórios; acompanhamento de risco e controle de pagamentos; além do uso de inteligência artificial para o apoio na tomada de decisões estratégicas dos gestores do setor.

Em outras palavras: estamos falando de ferramentas capazes de unir as principais tendências do setor de cobrança em sua infraestrutura e, consequentemente, trazer mais eficiência, agilidade e uma visão macro dos processos da área para os gestores. Tal suporte da tecnologia pode exercer um apoio decisivo no controle das contas a pagar das empresas, haja visto o cenário de incerteza econômica que paira no mercado diante de um ano de eleições e da expectativa de maior instabilidade fiscal, continuidade da inflação que, inclusive, impulsionaram a revisão dos índices de crescimento econômico do país em diferentes instituições.

Somado a esse cenário, temos também um contexto de alto endividamento – ainda que com queda nos índices de inadimplência. De acordo com pesquisa, o mês de setembro foi responsável pelo índice recorde de endividamento das famílias (na casa de 74%) desde o início da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio e iniciada em 2010.

Assim, contar com o suporte da inovação pode ser um passo crucial para que os departamentos financeiros e setores de cobrança tragam agilidade para os seus processos e consigam manter a adimplência dos clientes de suas empresas em níveis altos e satisfatórios. Por fim, o caixa das organizações poderá se manter mais equilibrado e elas ganharão fôlego para enfrentar um 2020 que deixa antever novos (e velhos) desafios!

Por Pedro Bono, CEO da Receiv.

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