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Sputinik aponta tendências para a educação corporativa

A empresa mapeou os principais macroterritórios educacionais para as companhias e concluiu que encontro geracional, modelo híbrido de trabalho e segurança psicológica serão apostas temáticas para a educação corporativa em 2022

Sputinik aponta tendências para a educação corporativa

Nem todo conflito precisa ser necessariamente ruim. O conflito geracional presenciado recentemente dentro das empresas é prova disso. Estamos vivendo um encontro inédito e desafiador — mas também poderoso — de quatro gerações compartilhando o mesmo ambiente de trabalho. São pessoas com diferentes bagagens, dividindo tarefas, decisões, responsabilidades. Pode ser uma panela de pressão, se o contexto não for bem orquestrado, mas também pode ser um caldeirão de diversidade, criatividade e inovação. E isso tem, ainda, relação direta com a busca por mais transparência e com a construção de uma boa reputação empresarial. É dessa forma que empresas conectadas às demandas contemporâneas também estão alinhando seus discursos a práticas sustentáveis, como o ESG. O Environmental, social and corporate governance, que vem alimentando o board de diversas organizações, mostra que um modelo de negócio que não considera os impactos socioambientais está completamente deslocado da realidade.

Os pontos levantados acima são alguns dos insights do relatório anual Macroterritórios educacionais, lançado pela Sputinik, braço b2b da Perestroika, escola de metodologias criativas. De acordo com Mariana Achutti, fundadora e CEO da Sputinik, o relatório poderá guiar empresas e pessoas pelas principais temáticas em 2022: “No pano de fundo do estudo que fizemos está o conceito da empresa-escola. Muitas organizações avant-garde já estão se entendendo como plataformas impulsionadoras de conhecimento para a sociedade como um todo. Antes os alicerces da aprendizagem corporativa estavam calcados em garantir baixa rotatividade e alta produtividade entre funcionários e agora vai além. A educação corporativa do futuro olha para todos os stakeholders e transforma o mundo. Minha aposta é que, daqui para a frente, todas as companhias serão educadoras”, afirma.

Veja a seguir outros três insights que o relatório apresenta e que serão imprescindíveis:

Lideranças respondem, hoje, por impressionantes 70% da variação de engajamento de uma equipe
É o que aponta o estudo People Management: Pros, Cons and Development Opportunities, da Gallup. Na percepção de funcionários pelo mundo, líderes têm falhado em aspectos importantes como comunicação, motivação e entusiasmo com o futuro. Atualmente, metade dos investimentos em desenvolvimento são destinados à liderança, mas para que o investimento em jornadas de conhecimento traga retorno a todos os envolvidos, é preciso que o briefing esteja alinhado com três perspectivas: o que a empresa necessita desse líder, o que o os funcionários esperam dessa persona e o que o líder precisa para se desenvolver plenamente e, assim, corresponder a essas expectativas.

44% dos brasileiros disseram que a pandemia aumentou o sentimento de exaustão em relação ao trabalho
Segundo recorte nacional da pesquisa The future of work — the good, the challenging & the unknown, encomendada pela Microsoft. Por outro lado, entre as prioridades das lideranças globais de RH, 28% estão focados em como cuidar do employee experience, de acordo com Pesquisa da Robert Half. Ainda é pouco. É preciso que a saúde mental saia do discurso e vire política da empresa. Para isso, a mudança tem de ser transversal. Deve fazer parte dos valores da instituição, implicada na cultura organizacional, e ser apresentada como garantia ao quadro de funcionários.

64% das empresas apontam que capacitar uma força de trabalho remota se tornou um fator muito importante ou extremamente importante em 2020
O dado é da Mercer Brasil e mostra como os processos de aprendizagem adaptaram-se ao novo cenário, mas não pararam — houve um aumento de 20% no investimento em educação corporativa no Brasil, no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Agora, com o contexto um pouco menos instável, vemos claramente o modelo híbrido ganhar força e fôlego. Nessa conjuntura, sairão na frente as empresas que mais rapidamente entenderem que não voltaremos ao modo de trabalhar anterior. O presente já é uma mescla do que há de produtivo entre o off e o online. O desafio, então, é minimizar os aspectos negativos de ambas as conjunturas.

As questões acima citadas colocam o aluno/colaborador no centro de toda a aprendizagem que ele deve ter acesso em uma empresa. “Derivada do termo em latim ‘educare’, educar significa ‘conduzir para fora’. É essa a movimentação contemporânea e futurista da educação corporativa e que está muito próximo desse material levantado pela escola”, finaliza.

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