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Em 2021, para a TransUnion, resiliência foi a principal lição

Infor Channel publica relatos de algumas empresas de TIC sobre suas experiências no contexto crítico da pandemia. Nesta direção, seguem as respostas do Juarez Zortea, CEO da TransUnion

Em 2021, para a TransUnion, resiliência foi a principal lição

Infor Channel publica relatos de algumas empresas de TIC sobre suas experiências no contexto da pandemia. Um momento crítico para todos, dentro e fora do Brasil, quando, ainda mais, o dever da liderança é trazer um espírito engajador à equipe, mostrando que temos que estar preparados de alguma forma para os destemperos da vida. Nesta direção, seguem as respostas do Juarez Zortea, CEO da TransUnion.

 Do ponto de vista econômico, comercial, como avalia 2021?
Foi um ano sólido com oportunidades em diversos segmentos para a conquista de novos negócios e inovação em produtos, acompanhando os primeiros sinais de recuperação do mercado. Na TransUnion, tivemos avanços e crescimento, mas não podemos perder de vista os impactos no mercado como um todo ao longo de mais um ano de pandemia e, consequentemente, queda na renda e na qualidade de vida das pessoas.

Tivemos importantes movimentos estratégicos que posicionaram a TransUnion de forma ainda melhor para obter um crescimento de longo prazo à medida em que nos concentramos em ter ainda mais precisão para proporcionar experiências de consumo seguras e personalizadas aos nossos clientes.

Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2021, receita internacional foi de US$ 178 milhões, aumento de 23% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Na América Latina, a receita foi de US$ 27 milhões, aumento de 23% em comparação com o mesmo período de 2020.

Vale reforçar as iniciativas de Diversidade & Inclusão (D&I). Em 2021 olhamos com mais afinco estratégico para o tema, implementando metas e objetivos (OKRs) internos ligados à contratação de mulheres e grupos sub-representados. Para 2022, queremos consolidar e ampliar nossas metas e ações em D&I.

 E do ponto de vista tecnológico?
Nos últimos dois anos, nós da TransUnion vimos que as empresas brasileiras caminham para uma maturidade quanto ao uso estratégico de dados, em especial o setor financeiro. Os dados se destacaram com papel estratégico na criação de novos produtos bancários, no mapeamento de tendências e no exercício de incluir a população invisível, desbancarizada e sub-bancarizada no centro ativo de consumo. Além disso, a pandemia impôs uma quebra de paradigma e trouxe a necessidade de companhias de vários setores olharem de forma estratégica para projetos de cibersegurança, automação e CX.

Se considerarmos o fim ou controle da pandemia, como a companhia vai conduzir a retomada do trabalho presencial? Haverá aumento ou redução do espaço físico da empresa?
A segurança dos nossos colaboradores é um valor inegociável para nós. Diante do cenário atual, com aumento dos casos de Covid-19 e surto de Influenza, decidimos adiar o retorno ao nosso novo escritório em São Paulo para quando as condições sanitárias estiverem mais seguras e com riscos reduzidos de contaminação.

De toda forma, a pandemia só nos confirmou o comprometimento do nosso time com entregas, produtividade e crescimento da companhia. Quando voltarmos ao escritório, será em um modelo híbrido, num espaço novo e adequado para os nossos colaboradores.

A nossa meta é harmonizar esses modelos de acordo com a necessidade de cada colaborador. Há funções que necessitam o formato presencial e outras que podem ser 100% remotas sem qualquer impacto. O importante nestes novos tempos é olhar sempre para a saúde mental dos nossos talentos e ter empatia com o modelo já estabelecido ao longo desses últimos anos.

Quais foram as lições apreendidas do ponto de vista dos negócios?
Resiliência é a principal lição. A pandemia trouxe tristes realidades para a sociedade. A mensagem que fica é a capacidade de nos reinventarmos mesmo frente às adversidades. No âmbito empresarial não é diferente. Colocamos em prática a teoria que escutamos desde os primeiros anos de vida acadêmica, de que crises sempre acontecem. E a excelente notícia é que estávamos mais do que preparados.

Neste contexto, o dever da liderança é trazer um espírito engajador à equipe, mostrando que temos que estar preparados de alguma forma para os destemperos da vida.

 E quanto ao trato com os funcionários, clientes e fornecedores?
Ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas, que é o nosso propósito, foi o que nos guiou na relação de transparência com nossos colabores, clientes e fornecedores durante esse período tão desafiador.

Seja no presencial ou nos encontros virtuais, a qualidade na comunicação é um fator primordial. Além disso, desde o início da pandemia, a empresa intensificou suas iniciativas de cuidados com a saúde física e mental, incluindo palestras sobre saúde mental, sono e gestão de tempo; bloqueios na agenda para múltiplas sessões de meditação online; assim como incentivo a exercícios físicos, terapia online e autocuidado para colaboradores e suas famílias.

Já se vislumbram desafios para 2022. Na sua visão, quais serão os maiores?
A estratégia da empresa está baseada em três pilares. O primeiro é a inclusão financeira, já que no Brasil há 100 milhões de pessoas que têm pouco acesso a serviços e créditos, então, na medida em que incluímos mais consumidores no mercado, temos mais clientes para os nossos clientes, fazemos isso com a tecnologia de dados. O segundo é a validação de identidade para evitar fraudes. À medida em que mais pessoas têm acesso a bens e serviços e que tecnologias são implementadas para separar fraudadores, melhor é a experiência do cliente. E o terceiro pilar é facilitar e agilizar o trabalho das pessoas a partir da geração de percepções mais oportunas e precisas para melhorar, cada vez mais, grande parte do fluxo de trabalho de nossos clientes. Isso significa ser parte da engrenagem que faz a roda a girar.

Acredita que haverá ‘desengavetamento’ de projetos? Por quê? Em que época do ano e em quais setores da economia / verticais?
Somos uma empresa global de informações e insights de dados que alavanca a inclusão de pessoas no mercado de bens e serviços. Empoderamos consumidores e empresas, impulsionando o poder de decisão de forma simétrica. Através de uma abordagem que privilegia a confiança e a sustentação virtuosa do ciclo de consumo, entregamos inteligência da informação – Data Insights e Analytics – associando dados alternativos na melhoria e ampliação de evidências nos processos de aquisição, análise e manutenção de clientes.

Atuando nos setores de Serviços Financeiros, Seguros, Telecomunicações, Varejo, FinTechs, Indústrias e PMEs – Pequenas e Médias Empresas, entre outros, partimos de um olhar multidimensional, disponibilizando ambientes e ferramentas para análise de dados, avaliando riscos com acurácia e otimizando decisões para que empresas e consumidores transacionem com segurança. Em 2022, nosso compromisso continuará sendo a promoção da equidade das relações: viabilizamos uma representação justa do consumidor para que esse seja financeiramente saudável e passe a integrar ativamente o mercado.

Estamos presentes em soluções que viabilizam acesso mais rápido a uma transação comercial, à fraude que foi evitada por meio da identificação de risco e na contemplação de uma pessoa comum que pode realizar um sonho a partir do momento em que se tornou visível para o mercado de consumo. É assim que continuaremos atuando nos próximos anos.

Crédito foto: Della Rocca

 

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