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Computação quântica deve movimentar US$ 850 bi até 2040

Em 2020, foram investidos US$ 679 milhões na tecnologia, o maior montante já registrado, e o BCG espera um novo recorde até o fim de 2021, de mais de US$ 800 milhões

Computação quântica deve movimentar US$ 850 bi até 2040

A computação quântica deve impulsionar os negócios de empresas de diversos setores da economia nos próximos anos, fazendo com que gerem receita extra entre US$ 450 bilhões a US$ 850 bilhões até 2040. Se for escalonada na velocidade prevista por seus principais fornecedores, a tecnologia pode gerar entre US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões já nos próximos três a cinco anos. As estimativas são do estudo What Happens When ‘If’ Turns to ‘When’ in Quantum Computing?,da consultoria Boston Consulting Group (BCG).

No mundo dos negócios, a computação quântica será usada para simular cenários complexos – desde a gestão de investimentos até a descoberta de novos medicamentos, por exemplo

De acordo com o estudo, o cenário deve se concretizar pelo aumento da confiança das empresas nos computadores quânticos, começando a enxergar com mais clareza o potencial da tecnologia para os seus negócios, algo que já vem se mostrando verdadeiro. Em 2020, foram investidos US$ 679 milhões na tecnologia, o maior montante já registrado, e o BCG espera um novo recorde até o fim de 2021, de mais de US$ 800 milhões.

Caso a estimativa se concretize, os investimentos entre 2018 e 2021 totalizariam US$ 1,8 bilhão, o que representa mais de dois terços dos investimentos feitos em computação quântica nos sete anos anteriores – US$ 546 milhões entre 2011 e 2017.

Na avaliação do BCG, os avanços das grandes empresas do setor, como IBM, Google, Honeywell e Amazon, aumentaram a confiança na computação quântica e deixaram clara a sua capacidade de resolver problemas que antes estavam fora de alcance para o mercado. A barreira, no momento, são os custos de pesquisa e a maior complexidade de processar os bits quânticos, que requerem hardwares mais potentes.

O estudo prevê ainda uma competição entre as empresas que detêm as cinco principais tecnologias de hardware quântico até o final desta década. São elas as supercondutoras (usadas por IBM e Google), armadilhas de íons (Honeywell, IonQ), fotônicas (PsiQuantum, Xanadu), tecnologias de pontos quânticos (Intel, SQC) e de átomos frios (ColdQuanta, Pasqal).

A principal diferença de um computador quântico para um tradicional é a capacidade de fazer cálculos mais complexos e em maior quantidade, possibilitando a resolução de uma gama infinitamente maior de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento. No mundo dos negócios, a computação quântica será usada para simular cenários complexos – desde a gestão de investimentos até a descoberta de novos medicamentos, por exemplo -, realizar projeções mais elaboradas e detalhadas de mercado e desenvolver algoritmos de Inteligência Artificial e sistemas de Machine Learning mais complexos do que os atuais. O BCG avalia, no entanto, que os computadores quânticos não vão substituir os tradicionais, mas trabalhar em conjunto com eles.

Serviço
www.bcg.com/en-br/

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