Se você acompanha as notícias e novidades do mundo dos games, é provável que tenha ouvido falar da parceria que a Microsoft e a SEGA firmaram recentemente. A notícia repercutiu na comunidade gamer, levantando boas expectativas entre fãs e entusiastas
Caso não tenha visto, nós explicamos: as duas empresas estão unindo esforços para produzir jogos online de grande porte num ambiente completamente baseado na plataforma Azure, da Microsoft.
Estes esforços estão alinhados com a estratégia mercadológica da Sega de conduzir a inovação na próxima geração de videogames.
Global e online: a iniciativa “Super Game”
Sem entrar em grandes detalhes, a Sega revelou a novidade em um press-release publicado no dia 1 de novembro (2021). A empresa adiantou apenas que os esforços estarão direcionados à criação de títulos originais (a partir da propriedade intelectual da Sega), com foco em interação online e uma comunidade global.
Esse foco em comunidades online de escala global faz parte da iniciativa Super Game, um projeto da Sega que busca explorar as novas possibilidades do videogame enquanto mídia.
Com o projeto, a empresa deseja empregar as mais novas tecnologias para criar novas e revolucionárias experiências nos jogos eletrônicos da próxima geração.
Microsoft Azure, Cloud Computing e Cloud Gaming
O papel desempenhado pela Microsoft nessa parceria também é de suma importância: a contribuição da empresa é a plataforma Azure, gigante do mercado de Cloud Computing (computação em Nuvem).
A ideia de Cloud gaming é, essencialmente, a mesma: você acessa um computador remoto e interage com ele a partir de outro dispositivo, que apenas precisa transmitir o vídeo para você e devolver seus comandos ao servidor.
O que dificultava a inovação nesse setor eram as altas latências nas conexões de internet — uma limitação das tecnologias disponíveis à época.
A era do 5G
Esse cenário muda com a introdução do 5G. As amplas larguras de banda e baixíssimas latências em conexões móveis possibilitam, por exemplo, que você transmita jogos de um computador remoto a partir de qualquer dispositivo, sem atrasos ou instabilidades.
Para isso, entretanto, o provedor do serviço precisa de uma sólida infraestrutura computacional. Nesse ponto, a Microsoft tem vantagem.
Seu serviço de computação em Nuvem é hoje um dos maiores nomes do mercado, e já hospeda operações de grande porte que lhe conferem renome.
O que dizem os stakeholders
Para a Sega, a parceria é motivo de comemoração. A desenvolvedora japonesa reconhece que o videogame enquanto mídia ganha mais popularidade e atenção a cada ano.
À medida que novos públicos têm sua atenção capturada pelos jogos, cresce a demanda por experiências inovadoras, diversas e acessíveis.
Com a transmissão de jogos, elimina-se a necessidade de o consumidor adquirir um sistema (console ou computador) dedicado à execução dos jogos.
Pela remoção desse obstáculo (o investimento financeiro inicial), os stakeholders esperam atingir novos públicos e facilitar o alcance a novos jogadores.
O que o futuro promete
Ao contrário do que dizem os rumores, a Sega não foi comprada pela Microsoft, e não há indícios de que venha a ser. A relação entre as empresas é de cooperação, uma tentativa de sair na frente no desenvolvimento de experiências da próxima geração de games.
Ainda não há detalhes sobre a natureza dos títulos a serem produzidos. A parceria foi divulgada recentemente, e é possível que o projeto esteja ainda em fase de discussão e desenvolvimento.
O que sabemos é que o projeto visa levar a experiência Super Game para jogadores do mundo todo. É o que afirma Yukio Sugino, presidente e COO da Sega.
A Microsoft entra no projeto confiante — já que compartilha uma longa relação com a Sega. Sarah Bond, CVP da Microsoft declara que a colaboração visa “[…] reimaginar como jogos são construídos, hospedados e operados […]”.
Para quem é assinante do Xbox Game Pass, resta torcer para que os usuários desse serviço sejam contemplados com acesso aos novos títulos da Sega.
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