Os eventos corporativos, assim como as viagens a trabalho, foram muito prejudicados desde o início da pandemia do coronavírus. O setor de eventos, que segundo a União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe) movimentou mais de 2 mil eventos em 52 áreas da economia no Brasil, teve redução drástica. Já o setor de turismo, segundo o Ministério do Turismo, calcula que foi o segundo mais afetado pela pandemia. Dados apresentados mostram que o volume de viagens a negócios despencou mais de 90% no segundo trimestre de 2020, no início da crise.
Com o avanço da vacinação e a volta das atividades, os eventos sociais, museus e feiras corporativas foram liberados para o público em São Paulo, seguindo todos os protocolos sanitários, no mês de Agosto. O Secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do Ministério do Turismo, William França, disse que “O “olho no olho” é muito mais positivo. O comportamento da realização de um negócio não vai deixar de existir”, mas explicou que o processo de retomada total se estenderá, pelo menos, nos próximos dois anos, e que, mesmo depois disso, os eventos devem se preparar para uma nova realidade.
Acredito então, que por mais que o cenário online tenha surgido com uma alternativa para a realização de eventos, o presencial não perderá forças e ainda ocorrerá de maneira mais intensa. Isso porque no ambiente virtual, o networking fica comprometido e a grande vantagem dos eventos corporativos é justamente essa. Mas para que essa volta aconteça de forma eficaz e não prejudique financeiramente as empresas, já que esses gastos ficaram fora do orçamento durante dois anos e o dinheiro destinado a isso foi utilizado para outros fins, é necessário que haja muita organização. Afinal, é preciso ter um controle minucioso sobre os custos e uma verba para esse tipo de atividade. Como é um cenário de incerteza, a transparência e uma boa gestão são os principais aliados do departamento financeiro das companhias.
Para aqueles que irão realizar o evento, os principais gastos ficam a cargo do aluguel do espaço, com infraestrutura – principalmente de segurança (como termômetros e testes de covid-19), contratação de fornecedores e uma reserva de emergência, destinada a qualquer imprevisto. Este último é o que tem ganhado destaque nesse momento. Já os três primeiros irão servir para determinar a precificação do ingresso.
O controle desses gastos acontece sempre no momento de cotação e negociação. Hoje, o número de participantes é muito importante para a definição do orçamento do evento, afinal isso pode mudar a qualquer instante. Com esses dados em mãos, é essencial ter um local de prestação de contas, que seja transparente, intuitivo e acessível a todos os envolvidos na realização para manter tudo bem gerenciado.
O uso de sistemas e tecnologias de ponta ajudam a descentralizar as informações. Isso porque eles permitem que mais de uma pessoa consiga adquirir os itens necessários para o evento e prestar contas de forma mais segura, seja por reembolso ou pelo custeio direto da conta da empresa com os cartões corporativos. A segurança se dá pelas alçadas de aprovação e conferência de políticas, já a transparência fica a cargo da alocação de despesas por centro de custos e a visão em tempo real de todos os gastos da companhia.
Além disso, contar com patrocinadores também é uma das melhores formas de diminuir o orçamento do evento e lidar com possíveis prejuízos. Para quem vai patrocinar, o controle é mais fácil, já que se trata de cotas fixas. Assim ele deve olhar o valor da cota versus o potencial de retorno desse evento, e então, a partir dessa projeção, decidir pelo patrocínio ou não.
Por fim, vale ressaltar que a retomada das atividades na economia como um todo, está a pleno vapor. Mesmo assim, a tecnologia se manterá essencial para o funcionamento das companhias, servindo como aliada em ambientes híbridos ou totalmente físicos. Com ela, é possível proporcionar uma boa experiência aos colaboradores e para aqueles que visitarão o evento, trazendo um ambiente moderno e diferente. Então é cada vez mais importante estar preparado para o que está por vir no setor de turismo e ambiente corporativo.
Por Thiago Campaz, CEO e co-fundador do VExpenses.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo