Estudo da IDC investiga investimentos em resiliência digital

Os resultados recentes da pesquisa Future Enterprise Resiliency and Spending (FERS) da International Data Corporation (IDC) lançaram luz sobre várias áreas-chave da Transformação Digital. Nesta pesquisa global, os entrevistados foram solicitados a identificar seus planos de investimento em resiliência digital, bem como os desafios e benefícios dessas iniciativas.

De acordo com os dados da pesquisa FERS, melhorar a experiência do cliente (CX) impacta diretamente os resultados financeiros da organização. Mais de um terço dos entrevistados em todo o mundo (34%) relataram que as margens de lucro melhoradas foram um dos cinco principais benefícios decorrentes de suas iniciativas CX. As organizações atribuíram essas margens de lucro mais altas ao aumento da receita (27%), reduções de custos com pessoal (25%), marketing (22%) e conquista de novos clientes (18%).

As empresas que relataram uma melhor experiência do cliente apontaram seus esforços para reduzir os pontos problemáticos do cliente (22%) e o atrito no envolvimento do cliente (19%). À medida que os clientes navegam em um mundo movido pela tecnologia, eles procuram experiências contextuais hiperpersonalizadas que os capacitem a se envolver quando e onde quiserem, ao mesmo tempo em que satisfazem suas necessidades com o mínimo esforço.

Para que as futuras empresas possam antecipar as intenções do cliente e responder com empatia – em escala – será necessário um entendimento completo dos dados do cliente orquestrados pelas soluções de tecnologia certas. A pesquisa FERS fornece evidências contundentes de que a tecnologia e o conhecimento dos dados do cliente são essenciais para a maneira como as organizações fornecem a experiência do cliente.

Segundo o relatório, 78% das empresas relataram que os dados sobre o cliente são essenciais para a entrega CX; e 21% indicaram que os dados do cliente desempenham um papel extremamente significativo. Da mesma forma, 79% dos entrevistados relataram que a tecnologia é crítica em como eles entregam o CX.

Inteligência corporativa

A infraestrutura moderna é fundamental para a construção de inteligência empresarial, que por sua vez cria maior resiliência digital. As organizações que aumentaram – e aceleraram – o investimento em tecnologias que impulsionam a síntese de informações serão mais resilientes digitalmente em um mundo pós-pandêmico. O aprendizado e o compartilhamento de conhecimento também são necessários para construir inteligência corporativa e resiliência digital.

De acordo com os dados da pesquisa FERS, os investimentos empresariais em inteligência empresarial continuaram ou se aceleraram em 76% dos entrevistados em resposta ao impacto da pandemia de Covid-19. Além disso, os principais fatores que ajudaram as organizações a serem resilientes diante da pandemia foram a capacidade de se adaptar rapidamente (33,7%), aprender continuamente (32,6%) e ter infraestrutura em nuvem para oferecer suporte à inteligência empresarial (37,5%). As habilidades de inteligência empresarial são as mais bem avaliadas entre as habilidades que as empresas pretendem contratar nos próximos seis meses.

Soberania digital

Regulamentações que impõem limites territoriais de dados apresentam obstáculos e potencialmente limitam a flexibilidade de plataformas digitais globais e serviços de Nuvem pública. À medida que o ritmo e o escopo dessas regulamentações continuam a se expandir, as organizações estão cada vez mais buscando a soberania digital como uma forma de obter maior autodeterminação em seus esforços para moldar seus esforços de Transformação Digital. A IDC define soberania digital como a capacidade de autodeterminação digital por estados, empresas ou indivíduos. Ele se concentra no controle sobre os dados, a infraestrutura e o software necessários para operar no mundo digital.

Os resultados da pesquisa FERS destacam várias descobertas importantes, como a porcentagem de 67% dos entrevistados concordando ou concordando totalmente que a soberania digital melhora sua capacidade de moldar os esforços de Transformação Digital de uma forma autodeterminada. Da mesma forma, 75% dos entrevistados acreditam que o principal regulamento ou diretriz para a soberania digital é garantir que os provedores sigam medidas geográficas específicas para não monetizar, vender e/ou usar os dados de seus clientes sem consentimento e compensação intencional e expresso.

Ainda segundo o estudo, 48% dos entrevistados indicaram que seu principal desafio é proteger e manter a visibilidade dos dados nas instalações dos provedores de Nuvem pública de acordo com os requisitos regulamentares; e 31% dos entrevistados nos EUA acreditam que o envolvimento do governo influenciará os investimentos em iniciativas de soberania digital.

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