As tecnologias de realidade estendida (virtual, aumentada e mista) estão crescendo, se desenvolvendo e, hoje, são uma realidade. Segundo o XR Inside 2021, estudo da everis, consultoria multinacional de negócios e TI do Grupo NTT Data, o número de dispositivos de XR, como óculos de realidade mista, disponíveis no mercado triplicou do ano passado para cá: de 21 para 61. Já o número de softwares conectados a esses dispositivos saiu de 36 para 51, alta de 41%.
O estudo, que reúne dados colhidos de diversas fontes, mostrou uma ampla evolução tanto de desenvolvedores da tecnologia quanto de usuários (outras empresas e pessoas). Big techs como Apple, Facebook e Google estão investindo em pesquisa e desenvolvimento de hardwares ligados à realidade estendida para o público final. Um exemplo recente foi o lançamento, pelo Facebook e Ray Ban, do Ray-Ban Stories, óculos inteligentes com um design similar ao de óculos tradicionais – mas que permite o usuário tirar fotos, gravar vídeos, ouvir música e até efetuar uma chamada telefônica.
As big techs também estão criando grandes plataformas como o Microsoft Mesh, o Microsoft Azure Spatial Anchors, Real World Platform da Niantic, Amazon Sumerian, Cyberverse da Huawei, o MagicVerse da MagicLeap, o Facebook LiveMaps entre outras.
Do lado dos usuários, um sinal da maior maturidade do uso da realidade estendida é expresso pela quantidade de áreas que cresceram no uso da tecnologia: Treinamento, Educação, Cuidados com Saúde, Turismo e Jogos. No caso do setor de educação, por exemplo, o percentual de usuários que disseram que estão interessados em conteúdo da área aumentou de 38% para 48% entre 2019 e 2021.
“O estudo mostrou que o mercado de realidade estendida deixou de ser uma tecnologia do futuro para se consolidar como uma tecnologia do presente, utilizada por empresas de diversos setores e por milhões de pessoas”, diz Roberto Celestino, head de Inovação da everis Brasil.
Apesar disso, ainda há muito espaço para o seu crescimento, diz Celestino. Segundo ele, a chegada da rede 5G vai dar novo – e maior – impulso para a popularização da tecnologia. Com a transferência de dados a uma velocidade em média quase 15 vezes superior à disponível atualmente na maioria dos países, será possível o streaming de experiências 3D para dispositivos móveis, sem capacidade de processamento local, proporcionando melhor utilização de baterias e menor custo de produção.
“Com a maturidade do 5G, podemos esperar grandes investimentos dos maiores players de tecnologia e a consolidação de um ecossistema de startups em torno da realidade estendida nos próximos anos”, diz o head de inovação da everis. “Nos próximos anos, os dispositivos de realidade estendida estarão cada vez mais baratos, versáteis e, com isso, serão mais acessíveis às pessoas”, diz Celestino.
Novos casos de uso
Um exemplo é o uso de realidade estendida nas grandes cidades, seguindo o conceito de smart cities (infraestruturas urbanas conectadas ao mundo virtual para facilitar a vida das pessoas). Com ela, será possível criar experiências de suporte ao cidadão, como por exemplo, posicionar marcadores em uma casa ou local específico para facilitar seu encontro em uma ocorrência policial ou de resgate.
Também será possível criar experiências de entretenimento público customizadas de acordo com o local em que estão inseridas, de forma com que elas interajam com o ambiente. No âmbito do deslocamento pela cidade, a tecnologia permitirá que informações sobre rota, acidentes na via e outras mais sejam exibidas em 3D diretamente no painel frontal do carro por exemplo.
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