Atualmente tem se falado muito que a carreira de um desenvolvedor é promissora e que os profissionais da área são cada vez mais valorizados. E, sim, não há como discordar dessas afirmações, já que, segundo dados da Brasscom, a demanda anual por novos talentos projetada entre 2019 e 2024 está em 70 mil profissionais. E, ainda de acordo com o levantamento, o mercado de TI pode apresentar um déficit de 290 mil profissionais em 2024. Ou seja, existem vagas suficientes para todos os alunos que venham a se formar nesses próximos anos na área de tecnologia.
Outro ponto é que, de acordo com a ABStartups, o número de startups triplicou de 2015 até 2019, passando de 4.151 para 12.727. E todas essas novas companhias necessitam de profissionais de tecnologia, principalmente depois do coronavírus, que fez com que até as empresas mais conservadoras e tradicionais passassem a realizar a maioria de seus processos online. Hoje, as rotinas dentro das empresas (ou da casa de seus colaboradores) está refletida em reuniões em vídeo, acordos por e-mail, contratos firmados com uso de assinatura eletrônica, compras feitas por e-commerce e até delivery de comida para o horário de almoço.
Sendo assim, fica claro que a previsão da Brasscom pode vir a se tornar uma realidade ou, analisando o momento atual e o quanto a pandemia intensificou os processos digitais, a necessidade de profissionais da área de tecnologia pode ser ainda maior que o esperado. Já que, segundo o Google Trends, a busca por ferramentas online para auxiliar os serviços remotos aumentou em pelo menos três vezes no Brasil somente no período da pandemia. E os responsáveis por desenvolver essas plataformas são os desenvolvedores.
Mas o que nós, devs, podemos oferecer ao mercado? O quanto podemos ajudar essas inúmeras empresas que estão abrindo a cada ano a se desenvolverem? Será que estamos preparados para oferecer ao nosso contratante o que ele espera de nós?
Bom, é um fato que, além das empresas que estão se rendendo ao digital e buscando a evolução, nós também precisamos seguir nos desenvolvendo na velocidade que a tecnologia exige, oferecer ao mercado conhecimento em diferentes linguagens e nos manter abertos para programas que venham a surgir. Necessitamos seguir sempre nos atualizando, seja buscando um novo curso, seja nos unindo a colegas da área por meio de modalidades ou plataformas. Ser programador hoje em dia não é mais como era há algum tempo, quando saber uma única linguagem e ter anos de experiência na função te faria um profissional reconhecido e com vaga garantida.
Atualmente, temos conhecimento de posições para desenvolvedores que chegam a pagar R$ 30 mil, mas esse dev precisa estar à altura da vaga, conhecer bem uma ou mais linguagens, saber desenvolver um aplicativo ou novas funcionalidades. O mercado está sedento por programadores, mas a tecnologia em constante evolução exige desses profissionais muito mais que produzir uma página simples para um site. Não se trata mais de quanto tempo a pessoa atua na área, mas o quanto ela pode oferecer e, principalmente, se está em aprendizado contínuo.
Não à toa, existem pessoas que deixam de lado antigas carreiras, por vezes consolidadas, para investir tempo e dinheiro para começar como programador. E elas conseguem decolar e mostrar ao mercado que, assim como a tecnologia, que muda constantemente e nos surpreende, nós também podemos seguir evoluindo e nos tornando aquilo que queremos ser. Para isso, só é preciso escolher o treinamento que melhor se encaixe com o nosso perfil e com o momento que estamos na carreira, seja iniciando ou buscando mais aprendizado para agregar ao que já conhecemos e ao quanto já nos desenvolvemos na área até aqui. E, claro, não podemos esquecer de optar por um curso em uma instituição respeitada para que a nossa vontade de seguir aprendendo e traçando o nosso caminho em direção ao sucesso pessoal e profissional não seja em vão.
E, falando em escolher a sua forma de aprendizado, deixo aqui o recado que o ensino remoto também só é possível graças a nós devs.
Por Rodrigo Terron, COO da Rocketseat.
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