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PMEs ainda não estão confiantes para compartilhar dados via open banking

Pesquisa do Capterra indica que maior parte dos entrevistados se sente moderadamente disposta a usufruir do novo sistema gerenciado pelo Banco Central do Brasil

PMEs ainda não estão confiantes para compartilhar dados via open banking

O open banking pode finalmente estar se tornando realidade no ano de 2021, mas isso ainda não significa que a adesão será generalizada.

Segundo um levantamento feito pelo Capterra, plataforma de comparação de softwares, a maior parte (51%) das pequenas e médias empresas (PMEs) está moderadamente disposta a compartilhar seus dados entre instituições para usufruir das possibilidades do banco aberto.

Apesar de tudo, a novidade é vista de maneira positiva, já que 7 de cada 10 (75%) entrevistados pelo Capterra se consideram otimistas, em algum grau, com o open banking

O nível de maturidade da PME, aliás, influencia diretamente na disposição em compartilhar informações via open banking. Por exemplo, as companhias que estão em nível mais maduro são as que estão mais dispostas a partilhar dados via open banking (54%); por outro lado, as PMEs que estão em estágio inicial são maioria (22%) entre as empresas que estão pouco dispostas ao compartilhamento.
Nesta pesquisa, o Capterra ouviu 495 gerentes ou coordenadores de PMEs responsáveis pelas áreas financeira e de contabilidade ou que estavam envolvidos diretamente nesta atividade nas empresas em que trabalham.

A análise mostrou ainda que 6 de cada 10 respondentes sabem o que é o conceito de open banking. Entretanto, a maioria (54%) considera que possui um conhecimento médio sobre o tema.

“Além de ser um conceito complexo, que inclui a criação de produtos e serviços inéditos, o open banking envolve o compartilhamento de informações financeiras, o que pode deixar as PMEs relutantes em acessar o sistema. Essas duas particularidades do open banking podem influenciar diretamente na disposição das PMEs em aderir ao serviço e no próprio conhecimento sobre o sistema”, comenta Marcela Gava, analista responsável pelo estudo.

Apesar de tudo, a novidade é vista de maneira positiva, já que 7 de cada 10 (75%) entrevistados pelo Capterra se consideram otimistas, em algum grau, com o open banking.

“Este dado indica que, de alguma maneira, há o reconhecimento dos benefícios do open banking. No entanto, para que mais PMEs participem do sistema, será necessário um forte trabalho de conscientização e desmistificação por parte dos players envolvidos em oferecer produtos ou serviços dentro do sistema”, conclui Gava.

Chegada do open banking não impulsiona fintechs
Um dos principais setores a se beneficiar do open banking são as fintechs, que têm a oportunidade de ampliar a oferta de seus produtos e serviços digitais na área financeira. No entanto, apenas 4 de cada 10 entrevistados pelo Capterra consideram alta a influência do open banking na sua motivação em contratar os serviços de uma fintech.

Além disso, os dados do Capterra mostram que a adesão a fintechs ainda não é generalizada entre as PMEs brasileiras, já que apenas 45% delas declararam possuir serviços ou produtos financeiros contratados neste tipo de companhia.

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