Cloud: desafios da gestão de dados e LGPD

A aceleração do digital transformou negócios e empresas de todos os setores e portes. E parte importante dessas revoluções tecnológicas inclui inovações, responsáveis por ajudar a minimizar também os impactos das mudanças do mercado. Assim, o mundo hoje segue em um processo frenético de digitalização e hiperconexão, em que a cloud é peça chave.

Nessa nova arquitetura de business, os dados são ainda mais essenciais para que as organizações saiam à frente da concorrência, inovem e cresçam, tornando a segurança da informação crítica para garantir eficiência na gestão de dados em ambientes, cada vez mais, distribuídos.

A modernização não chegou sozinha, trouxe com ela ceticismos em relação à vulnerabilidade dos dados armazenados em Nuvem, por exemplo. Eles, de fato, estão protegidos em uma arquitetura baseada em Cloud pública? Em minha avaliação, sim. Há mais segurança em ambientes de Nuvem pública do que em arquiteturas on-premise. Por quê?

Na Nuvem pública, é possível contar com todas as tecnologias emergentes voltadas à proteção de dados. Sem contar com monitoramento, atualizações constantes e recursos que identificam pontos vulneráveis e insigths para tornar o ambiente protegido continuamente.

Em um ambiente on-premise com toda essa estrutura de proteção acarretaria alto investimento e, muitas vezes, não tão ágeis em atualizações e procedimentos, podendo resultar em uma falsa segurança, que é pior do que nenhuma segurança. Sem contar com toda a complexidade operacional desse ambiente.

A confiança na Cloud, portanto, vem do arsenal completo de tecnologia, protocolos e melhores práticas que a protege, e ainda de aplicativos que rodam nela e dos dados que mantém. Ela é consolidada quando se mapeia o que exatamente deve ser protegido e são entendidos todos os aspectos dos sistemas que precisam ser gerenciados.

Nessa jornada de blindagem dos dados armazenados na Nuvem, o ambiente conta com fortes alianças: provedores de serviços de Cloud. Eles ajudam no desenvolvimento de back-end contra vulnerabilidades de segurança Nuvem. Por outro lado, a empresa usuária deve unir forças na formação de uma configuração adequada de serviço e na disseminação da cultura de hábitos seguros de uso.

Atenção à conformidade e à privacidade
Parceiros de negócios, com ampla experiência em ambientes de Nuvem, são importantes para ajudar a desenhar toda a arquitetura de soluções de segurança, que deve contemplar desde o início regras e procedimentos exigidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para estar em compliance.

As últimas notícias sobre vazamento de dados pessoais causaram preocupação e ceticismos. Mas o importante é entender que é preciso criar um forte escudo de defesa à privacidade de dados, que está na mira da LGPD.

Equipes que cuidam da segurança da informação devem ser orientadas sobre como lidar com dados pessoais, quais são eles, quem pode acessá-los, como armazená-los, de qual forma, se criptografados, com quais e quantas camadas de proteção.

Não há dúvidas de que a segurança de dados na Nuvem é uma realidade. Ela abriga um conjunto de tecnologias que faz essa proteção de forma ágil e eficiente, aliada a políticas de proteção e regras de LGPD. Não por acaso, Cloud é projetada como um recurso dos mais promissores no segmento de TI para o crescimento dos negócios.

É o que comprova o relatório The Global Risks Report 2020, do Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, a computação em Nuvem é a tecnologia da 4ª Revolução Industrial que mais deve crescer nos próximos anos. Até 2025, o gasto mundial com soluções em Nuvem pode chegar a US$ 623 bilhões. Não registraria esse crescimento se não fosse um ambiente seguro.

Por Eduardo Terzariol, cloud architect Sr. Manager da Logicalis Brasil.