book_icon

GenZ, Millenials ou 50+: cringe é não entregar resultados

Cringe, Millenials, Geração Z. Os termos referem-se a diferentes faixas etárias e ganharam destaque – especialmente com memes, charges, testes e inúmeros comentários nas redes sociais – nas últimas semanas. A repercussão da brincadeira também leva a uma importante reflexão acerca dos desafios para se garantir a convivência intergeracional no mundo corporativo e, consequentemente, promover a genuína diversidade de pensamento. Estratégia que é fundamental para ampliar as chances de sucesso do negócio, pois serão repertórios variados, servindo ao mesmo objetivo: a lucratividade e perenidade da organização.

Trabalhar com times cada vez mais multidisciplinares, capazes de fazer análises críticas e de questionar o status quo, impulsiona a inovação, que é base para as transformações e para o crescimento. Assim, as empresas estão em busca de aplicar a diversidade nos variados aspectos, seja de raça, cor, gênero, ideias, seja de escolaridade, idades e gerações. Todavia, em primeiro lugar, é importante salientar que não é prudente enquadrar as pessoas e classificá-las por qualquer um desses aspectos. Aliás, nada mais “cringe”! É preciso entender que o mundo, hoje, exige um ambiente corporativo humanizado e conectado com as tendências atuais.

Então, dizer que uma pessoa se comporta de determinada maneira, simplesmente em função de sua idade, por exemplo, é simplificar o ser humano e enquadrá-lo em um estereótipo, o que também é complexo e não assertivo. Há muitos profissionais acima de 50 anos extremamente conectados, com alta energia vital e atentos às melhores práticas de mercado. Ao mesmo tempo, outros de 25 a 30, sem qualquer engajamento, desanimados, que não gostam de tecnologia e sequer buscam melhoria contínua.

Obviamente, existem características e repertórios mais frequentes em cada geração, mas nenhuma é melhor do que a outra. Todos têm a aprender e a ensinar. Unir a sabedoria dos seniores com a conectividade e inquietude dos mais jovens é um dos ingredientes de sucesso das relações nas empresas. Foi-se a época em que os mais velhos detinham o conhecimento e sabiam todas as respostas. Essa máxima não é mais válida há algum tempo. O que importa é o quanto o profissional foi exposto ao longo de sua carreira, sua vivência em diferentes esferas, sua maturidade. Por outro lado, quanto mais nova é a geração, mais atenta a tecnologias, até por já ter nascido no mundo digitalizado. No entanto, falta o conhecimento prático dos maiores de 50 anos.

Portanto, não há certo ou errado, mas um contexto organizacional onde cada um entrega seu resultado, de acordo com suas competências e habilidades, em prol do desempenho geral da empresa. Cabe às lideranças desenvolver times plurais, caso tenham o desejo de se manterem relevantes e se perpetuarem em um mercado permanentemente desafiador, volátil, complexo e ambíguo, onde o que funciona hoje, amanhã poderá já estar obsoleto. Diante disso, devem estar preparadas para orquestrar os interesses das pessoas – muitas vezes, distintos – nesse ambiente diverso e que costuma ser uma arena propícia para o conflito. Como se é sabido, quando bem gerenciado, esses embates, especialmente de ideias, são o start para a tão buscada inovação.

Afinal, as respostas para a transformação de um business podem vir do estagiário ou de qualquer outro nível hierárquico. O importante é saber ter uma mente aberta ao novo, provocando discussões relevantes e criando ambientes onde todos tenham voz. Esse é um cenário favorável à cultura da inovação e demais temas modernos no meio corporativo. As organizações precisam de profissionais relevantes, disruptivos, engajados e que entregarão os resultados pré-determinados, independentemente da idade, raça, cor, gênero, religião ou qualquer outra questão. Ou seja, “mico” – ou “cringe” – é não saber lidar com as diferenças, não ter tolerância e empatia para trabalhar em equipes cada vez mais diversas. Esse tipo de perfil tem sido expurgado das empresas, especialmente as mais estratégicas.

Por David Braga, Prime Talent.

 

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.