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PrevisIA: a Inteligência Artificial no combate ao desmatamento da Amazônia

A plataforma analisará dados diversos, como topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana e principalmente abertura de estradas para prever riscos de desmatamento

PrevisIA: a Inteligência Artificial no combate ao desmatamento da Amazônia

A Microsoft, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Fundo Vale lançam oficialmente a ferramenta PrevisIA, que antecipa informações de regiões com maior risco de desmatamento e incêndios na Amazônia por meio de Inteligência Artificial (IA). A solução, que tem como objetivo ajudar a proteger a floresta, foi apresentada nesta quarta-feira (4/8) em um evento virtual, que contou com a participação de Rodrigo Kede Lima, presidente da Microsoft América Latina;  Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil; Carlos Souza Jr., pesquisador associado do Imazon; e Hugo Barreto, diretor de Investimento e Desenvolvimento Social da Vale.

A PrevisIA analisará dados diversos, como topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana, estradas oficiais e não oficiais e dados socioeconômicos para identificar possíveis tendências de conversão da floresta pelo desmatamento. Com recursos avançados de Nuvem de computadores do Microsoft Azure e com o algoritmo de IA desenvolvido pelo Imazon para detectar estradas em imagens de satélites, a solução aperfeiçoou o modelo de risco de desmatamento para identificar os diferentes tipos de territórios ameaçados pelo desmatamento na Amazônia, incluindo Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Por experiência, o Imazon sabe que o desmatamento ocorre em um raio de 5 km de uma estrada, muitas vezes aberta para esse fim.

Essas informações serão divulgadas publicamente em um painel de controle da iniciativa e poderão ser usadas por órgãos públicos para o planejamento e execução de ações preventivas, de combate e controle do desmatamento. Para assegurar que os públicos que podem ser mais beneficiados com essa solução tenham conhecimento sobre a disponibilidade da PrevisIA, o Imazon fará um trabalho de engajamento com diferentes audiências para incentivar o uso da plataforma.

“O Imazon já tem um vasto volume de dados, que requer um trabalho gigantesco para coleta e análise. Por estar na Nuvem do Azure e pelo alto poder de processamento, conseguimos trabalhar esse volume gigantesco. Treinamos os algoritmo do PrevisIA com esses dados para construir modelos. Todos os mapas que estão disponíveis são modelos construídos a partir desse trabalho”, disse Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. “Tem muita tecnologia por trás, uma elevada capacidade computacional que permite coletar e armazenar os dados em grandes volumes. Constantemente o algoritmo é treinado, o que chamamos de Machine Learning, para que a análise seja refinada. A PrevisIA faz parte do nosso Computador Planetário, um lançamento global da Microsoft. O que queremos é disponibilizar esse tipo de aplicativo para o mundo. Estamos coletando dados de diferentes biomas, pois acreditamos que a tecnologia pode ajudar a enfrentar os desafios ambientais”, comedntou.

“Usamos imagens de satélite, que exige uma carga de processamento muito pesada, por exemplo, para limpar as imagens de nuvens para que estejam aptas para análise. Depois, há um novo processamento para transformar as imagens em um mapa vetorial. Também houve o trabalho de treinar o algoritmo de IA para detectar as estradas”, explicou Carlossouza Jr., do Imazon.

Serviço
previsia.org

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