A tradicional pesquisa da consultoria global ICTS Protiviti, que divulga a lista dos dez maiores riscos do ano com base na percepção geral de 1.081 executivos de diferentes setores do mundo todo, traz neste ano estudos setorizados, entre eles, o do mercado de saúde. Nomeado Top Risks Health, a pesquisa também foi inovada para uma visão de longo prazo e, nesta versão, considera o cenário para 2021 e 2030.
A pandemia trouxe desafios e forçou as instutuições a reagirem rápido. Telessaúde, monitoramento remoto de pacientes e acesso a serviços virtuais, como o gerenciamento de doenças crônicas e a manutenção da saúde mental, chegaram para ficar. “Para atingir estas expectativas, é essencial promover a coordenação dos cuidados, incluindo fontes pagadoras, hospitais, laboratórios, médicos e fornecedores. Por isso, há um grande movimento no sentido da criação de plataformas de saúde, que considerem todos os elos de cuidado como a jornada completa do paciente”, explica Pedro Barra, gerente sênior de riscos e performance da ICTS Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.
Segundo o especialista, nesta situação, a transformação organizacional pode ser uma questão de sobrevivência ou de valorização do ativo. “É necessário aproveitar as informações do paciente de maneira inteligente, com foco na melhor experiência e na promoção do cuidado. Junto a isso, vêm as atenções com a privacidade e a proteção dessas informações”, comenta. Neste cenário, é preciso pensar numa abordagem de proteção de valor por meio da gestão de riscos e das mudanças, assim como da melhoria da eficiência. “Há riscos latentes, mas também grandes oportunidades para os que acompanharem as mudanças e se adaptarem”, conclui Barra.
A lista dos 10 principais riscos para 2021 e as tendência do ano são:
1. Políticas e regulamentações relacionadas à pandemia impactam o desempenho dos negócios;
2. Condições de mercado relacionadas à pandemia reduzem a demanda do cliente;
3. Impacto da mudança regulatória e do aumento do escrutínio regulatório pode afetar a maneira como os produtos e serviços são oferecidos;
4. A adoção de tecnologias digitais pode exigir novas habilidades ou esforços significativos para melhorar e requalificar os funcionários existentes;
5. As condições econômicas restringem as oportunidades de crescimento;
6. Ameaças cibernéticas;
7. Privacidade e gerenciamento de identidade e segurança da informação;
8. Incertezas em torno da viabilidade dos principais fornecedores, escassez de fornecimento ou preços estáveis;
9. Aumento dos custos trabalhistas;
10. Capacidade de competir com “nascidas digitais” e outros concorrentes.
Olhando para o futuro, os líderes da indústria estão se preparando para os próximos desafios esperados, como a necessidade crescente de funcionários com novas habilidades para lidar com inovações tecnológicas disruptivas, visto que há previsão da Inteligência Artificial e de outros avanços digitais deslocarem trabalhares e criarem milhões de novos empregos. Além disso, a necessidade de segurança de dados e a cibersegurança não deve diminuir, permanecendo na lista de preocupações. Por isso, a construção da resiliência organizacional e de uma cultura inovadora é um imperativo.
Pesquisa aponta tendências globais e do Brasil para 2030
O estudo divulgado neste ano também traz uma visão de longo prazo, que considera as as principais preocupações para o ano de 2030. A pandemia deixa o protagonismo e cede espaço para o futuro do trabalho e o risco de tecnologias e abordagens disruptivas dificultarem a própria existência das organizações no futuro. Para 2030, as cinco principais preocupações são:
1. A adoção de tecnologias digitais pode exigir novas habilidades e esforços para requalificar os funcionários existentes;
2. Impacto da mudança regulatória e do aumento do escrutínio regulatório pode afetar a maneira como os produtos e serviços são oferecidos;
3. Privacidade e gerenciamento de identidade e segurança da informação ;
4. A velocidade rápida de inovação disruptiva pode superar nossa capacidade de competir;
5. Facilidade de entrada de novos concorrentes na indústria podem ameaçar o mercado.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo