book_icon

Satélites, drones, aviões, sensores: a tecnologia como aliada na preservação do meio ambiente

A América Latina, uma das regiões mais relevantes para o equilíbrio climático global, enfrenta complexos problemas ambientais. O emprego de tecnologias espaciais de monitoramento para a administração de recursos naturais é um dos grandes aliados para gerenciar recursos hídricos, prevenir incêndios e evitar o desmatamento

Satélites, drones, aviões, sensores: a tecnologia como aliada na preservação do meio ambiente

A América Latina abriga uma grande quantidade de biomas que são fundamentais para o equilíbrio climático global. Da Patagônia à Floresta Amazônica, a grandiosidade da região e sua rica biodiversidade necessitam de cuidados e preservação. A Leonardo, companhia italiana e uma das líderes globais no desenvolvimento de tecnologias para o setor de defesa, aeroespacial e cyber segurança, tem utilizado seu know-how tecnológico e capacidade de inovação para oferecer tecnologia de ponta para auxiliar o povo latino-americano nessa tarefa.

A Floresta Amazônica, por exemplo, é a maior do mundo e se estende por nove países da região: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Nela se encontram cerca de 20% da fauna do planeta Terra. Além disso, o Rio Amazonas -o principal da região, com 6.600 Km de comprimento – é responsável por 15% da descarga total de rios do mundo nos oceanos. É entre as centenas de afluentes do Amazonas que se encontra o maior número de espécies de peixes de água doce do mundo.

Outro importante bioma latino-americano é o Pantanal, maior planície alagada do planeta, distribuído entre os territórios do Brasil, Bolívia e Paraguai. A região, que mistura elementos de três diferentes biomas brasileiros, concentra quase toda a fauna deste País.

O setor de tecnologias espaciais é uma das grandes apostas para o progresso da sustentabilidade e o controle das mudanças climáticas  

Entretanto, entre 2015 e 2018, a área desmatada da Floresta Amazônica triplicou. De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), entre agosto de 2019 e julho de 2020 foi observado um aumento de 9,5% da área desmatada em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já no Pantanal, nos primeiros oito meses de 2020, foi registrado aumento de 205% nos focos de incêndio, comparando com o mesmo período de 2019.

O setor de tecnologias espaciais é uma das grandes apostas para o progresso da sustentabilidade e o controle das mudanças climáticas. O emprego destas tecnologias na administração de recursos naturais e monitoramento da ação humana sobre a natureza está em sintonia com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) lançados na Agenda 2030 da ONU. Estes pontos guiam o calendário “Love Planet Earth” das subsidiárias da Leonardo, Telespazio e e-GEOS, que trazem como ponto focal a sustentabilidade e desenvolvimento, com atenção especial voltada para as necessidades compatíveis com o futuro do planeta. Assim, essas empresas reforçam o papel fundamental que o monitoramento via satélite pode desempenhar para que os SDGs sejam alcançados.

Gestão de Recursos Hídricos
Um importante aspecto ambiental latino-americano é a gestão de recursos hídricos. Embora a região conte com cerca de um terço das fontes de água do planeta e com a maior bacia hidrográfica do mundo – a Amazônica -, questões como contaminação, desperdício e falta de saneamento básico tornam o cenário hídrico local complexo.

O compromisso da Leonardo inclui o desenvolvimento e implementação de tecnologias inovadoras que desempenham um papel decisivo na gestão dos recursos hídricos. Graças aos sensores instalados em satélites, aviões e drones, é possível monitorar continuamente os recursos hídricos e seu uso. Por meio da análise de dados, com o apoio de Inteligência Artificial e Big Data Analytics, podem-se obter informações de proteção aos recursos hídricos, indicando ações corretivas que permitem uma gestão mais eficiente do território e verificando a aplicação efetiva e o impacto dessas ações.

Os dados de satélite, por exemplo, dão suporte à agricultura de precisão, o monitoramento de infraestruturas críticas como barragens e aquedutos, aquíferos, vazamentos de água, e permitem medir a quantidade de água na vegetação, identificando as áreas mais áridas e aquelas em risco de incêndio. Aplicada ao agronegócio, os dados de satélite integrados aos de outras fontes permitem calcular as reais necessidades hídricas das lavouras e planejar o uso sustentável da água para irrigação, gerando uma economia de água entre 40 e 60%

A tecnologia espacial também auxilia no monitoramento de aquíferos subterrâneos, calculando seus tempos de descida e recarga, permitindo a prevenção de crises hídricas. Os satélites também podem oferecer dados úteis para calcular mudanças nos níveis de rios e lagos artificiais, fornecendo dados mensuráveis ​​e comparáveis, úteis para a gestão inteligente da água. Com base nessas informações, em caso de estiagem prolongada, por exemplo, é possível planejar o consumo dando uma prioridade calculada na distribuição das reservas.

Monitoramento de Florestas e Áreas de Proteção
Este tipo de tecnologia de monitoramento também pode ser aplicado a outros aspectos ecológicos, como o monitoramento de florestas, parques nacionais, áreas de proteção permanente (APPs) e terras indígenas. Um exemplo concreto disso é o projeto que será implementado no segundo semestre de 2021 no Parque Castel Fusano, na região metropolitana de Roma, na Itália. Combinando satélites, drones, sensores vídeo-acústicos, inteligência artificial e 5G, uma área de 1.000 hectares passará a ser controlada remotamente para melhorar a segurança, proteger contra invasões, prevenir incêndios e apoiar a sustentabilidade. Com um sistema de coleta de dados por sensores em terra, satélites e drones, o projeto usa Inteligência Artificial e Big Data para filtrar as informações, fornecendo em tempo real uma imagem da situação, permitindo aos gestores tomar decisões mais eficazes para a preservação da área.

A combinação de tecnologias será capaz de interceptar o menor princípio de incêndio com um alarme que dispara em apenas 3 minutos. Também fará o controle de carros não autorizados 24 horas por dia, evitando invasões e descarte ilegal de lixo. O projeto visa tornar o Castel Fusano um parque seguro do ponto de vista de segurança pública, controle de incêndios e proteção ambiental. Para a cidade de Roma, este projeto tem um valor inestimável porque ali, além da área verde, está localizado um importante sítio arqueológico.

A mesma lógica tecnológica pode ser aplicada em regiões delicadas de um ponto de vista ambiental, para o monitoramento de incêndios, desmatamento e outras ameaças. Por exemplo, no Brasil, poderia ser aplicado em controle de incêndios e assim auxiliar na situação crítica das queimadas descontroladas na região do Pantanal. O monitoramento apoiado em tecnologia seria muito eficaz para reduzir o tempo de ação, já que permite detectar um foco de incêndio e enviar as coordenadas para o centro de controle em 180 segundos, permitindo o envio de helicóptero com água rapidamente e direto no foco do incêndio.

Para mais informações, acesse: https://www.leonardocompany.com/en/news-and-stories-detail/-/detail/satellite-observation-an-efficient-solution-against-climate-change

A Leonardo, uma empresa global de alta tecnologia, está entre os dez maiores players mundiais em Aeroespacial, Defesa e Segurança e a principal e empresa industrial da Itália. Organizada em cinco divisões de negócios, a Leonardo tem uma presença industrial significativa na Itália, Reino Unido, Polônia e EUA, onde também opera por meio de subsidiárias que incluem Leonardo DRS (eletrônica de defesa) e joint ventures e parcerias: ATR, MBDA, Telespazio, Thales Alenia Space e Avio. A Leonardo compete nos mais importantes mercados internacionais alavancando suas áreas de liderança tecnológica e de produto (Helicópteros, Aeronaves, Aeroestruturas, Eletrônica, Segurança Cibernética e Espaço).

 

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.