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5G: o que vai mudar com a chegada da nova geração de Internet Móvel

Muito tem sido falado sobre a Internet das Coisas (IoT) e tudo o que será capaz de fazer e transformar. Junto com ela, a expectativa por um mundo inteiro conectado é cada vez mais real. Nessa busca incessante, tecnologias inéditas vêm surgindo e uma das mais aguardadas é a nova geração de internet móvel: o 5G.

Segundo o último relatório da Cisco, o Cisco Annual Internet Report Complete Forecast Update 2018-2023, o mundo começará a sentir o gostinho do 5G em 2022, representando 10,6% das conexões. A rede já avança em países como Alemanha, China, Estados Unidos e Japão, mas ainda caminha de maneira lenta no Brasil.

Em julho de 2020, a Claro ativou a 1ª rede de 5ª geração no Brasil, conhecida como 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou compartilhamento de espectro dinâmico). Apesar de não ser considerada uma rede pura, por utilizar os espectros do 3G e 4G, a conexão tem suas vantagens. As expectativas são de que a tecnologia ganhe um novo impulso por aqui com o leilão das frequências da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações), previsto para junho deste ano, e que esteja disponível em todos os estados brasileiros até o início de 2022.

Com a chegada dessa rede, haverá, espera-se, uma melhora da qualidade do sinal, o crescimento do tráfego de dados e uma banda larga móvel até dez vezes mais rápida do que o 4G. Além disso, vai permitir uma maior segurança e uma confiabilidade para transmissão de informações em um nível muito acima do que conhecemos hoje. Os mais apaixonados pela nova tecnologia, afirmam, ainda, que vão multiplicar tudo que temos atualmente por mil — serão bilhões de dispositivos conectados, girando a economia.

O 5G também pode revolucionar o próprio smartphone, já que as altas velocidades permitiriam que muito do processamento de tarefas deixe de acontecer no chip do aparelho e passe a ser na Nuvem, pegando emprestado a potência dos computadores. O mesmo pode acontecer com acessórios médicos, como pulseiras e relógios conectados.

Outra característica do 5G que difere das gerações de rede anteriores é que ele consegue lidar com muito mais dispositivos ligados ao mesmo tempo. A conexão também ficará mais confiável. Além disso, o usuário deve notar menos atraso —ou latência— ao pressionar um comando e ver o efeito na tela.

Mas o 4G vai morrer?
De acordo com o report da Cisco, a tecnologia 4G continuará sua expansão, indo de 42,1% em 2018 para 46% em 2023. Isso significa, na prática, que as tecnologias 4G e 5G irão conviver juntas por um bom tempo. Por enquanto, as dúvidas que giravam sobre o 5G substituir o 4G de uma hora pra outra já estão sanadas. Atualmente, o 4G cobre pouco mais de 90% dos municípios brasileiros e tem conseguido se manter no topo da lista. Seria besteira abandonar tudo agora para se dedicar a uma tecnologia ainda em definição.

De qualquer modo, pode começar a se preparar. Em um piscar de olhos, ou melhor, em uma altíssima velocidade e com índice de confiabilidade bem próximo aos 100%, você vai assistir a implantação do 5G, enquanto já espera pela nova tecnologia disruptiva do mercado.

Por Roberto Michelan, diretor geral de Campus do Centro Universitário ETEP.

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