Filmes de ficção projetam um futuro em que robôs de serviço ocuparão espaço na sociedade, primeiro como serviçais dos humanos, depois como “seres” com algum nível de independência. No entanto, com a atual pandemia da Covid-19, os robôs de serviço estão ganhando mais espaço já no presente, tanto no ambiente doméstico e hospitalar quanto na indústria e locais públicos, onde a necessidade de limpeza é fundamental e sem contato humano.
Os robôs são uma invenção do século XX, mas sua idealização veio bem antes. Há relatos históricos mais antigos da construção de autômatos – como um cachorro mecânico de brinquedo, por exemplo, encontrado no Egito e datado de 2.000 AC. “Mas os robôs eram conhecidos no ambiente industrial. Com a pandemia, os robôs domésticos, que já existem há aproximadamente quase 20 anos, estão em alta. O aspirador de pó inteligente ficou muito famoso no Japão e nos Estados Unidos, mesmo com preços impraticáveis para a maioria dos brasileiros”, recorda Anderson Harayashiki Moreira, professor de Engenharia de Controle e Automação e especialista em Robótica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Hoje em dia, há robôs domésticos para diversas tarefas, como aspirar o pó e passar pano, limpar piscina e vidraças, cortar a grama etc. No âmbito profissional, por sua vez, há robôs que podem até mesmo ocupar o lugar do ser humano na portaria de um prédio comercial, realizar a função de guia de museu, entregar alimentos, medicamentos, inclusive por via aérea, pois os drones fazem parte dessa nova geração de robôs de serviço. “Com tanta tecnologia à disposição, a robótica não é mais assunto para o futuro, ou seja, é uma realidade pertinente e funcional nos dias de hoje”, reforça o engenheiro.
Com o desdobramento da pandemia, acelerou a necessidade de humanos e robôs trabalharem juntos. Indústrias que antes não representavam um risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, agora buscam tecnologia por meio da robótica para ajudar a protegê-los contra infecções.
“Além disso, acredito que haverá um fenômeno crescente da robótica no sentido de substituir pessoas em trabalhos perigosos e automatizar as tarefas que são impossíveis de automatizar com ferramentas tradicionais. Vale lembrar que há desafios, como o tempo necessário para ajustar essas tecnologias à realidade dos ambientes e necessidades dos consumidores, até mesmo o custo final”, conclui Harayashiki.
O Instituto Mauá de Tecnologia – IMT promove o ensino científico-tecnológico há 59 anos, visando formar recursos humanos altamente qualificados. Com dois campi localizados em São Paulo e São Caetano do Sul, o IMT conta com um Centro Universitário e um Centro de Pesquisas. O Centro Universitário oferece cursos de graduação em Administração, Design e Engenharia. Na pós-graduação, são oferecidos cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização (MBA) nas áreas de Gestão, Design e Engenharia. O Centro de Pesquisas desenvolve tecnologias para atender às necessidades da indústria e atua como importante elemento de ligação entre as empresas e a academia.
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