Apesar de ainda um tanto distante e incerto, o mundo já se prepara para encarar um cenário pós pandêmico. A chegada, ainda que em uma velocidade heterogênea – já que não é a mesma em todos os países – da vacinação, faz com que a população veja uma pequena luz crescente ao final do túnel. Com esse retorno gradual, o mundo empresarial e dos negócios deverá direcionar seu foco em recuperar-se economicamente.
Segundo o The Economist, jornal inglês especialista em economia e negócios, as pequenas e médias empresas são cruciais para a economia global, uma vez que empregam 60% a 70% dos trabalhadores na maioria dos países. No Brasil, de acordo com dados do Sebrae, as PMEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado, além de serem responsáveis por 27% do PIB.
Nesse sentido, devemos ressaltar a importância deste grupo de empresas para a recuperação econômica no Brasil e em todo o mundo, mas não esquecendo de um importante ponto: se vivemos um período de crise, como empresas menores e com capital relativamente baixo conseguirão exercer esse papel de destaque, recuperar-se, crescer? A resposta pode (e deve) estar no uso da tecnologia, que, ao ser feito de forma eficaz, pode criar oportunidades e apoiar as empresas nas mais diversas necessidades.
Uma análise do Boston Consulting Group sobre uso da tecnologia em todo o mundo neste período recente mostrou que quase 90% da resposta tecnológica ao Covid-19 foi direcionado à governos, pesquisa/educação e indivíduos, sendo apenas 10% das soluções direcionadas às pequenas e médias empresas. Isto porque o foco global se tornou o combate intensivo ao vírus, em um primeiro momento. Entretanto, com as novas ondas que passaram a surgir, as companhias precisarão apoiar-se na tecnologia e obter oferecer soluções que promovam sua sobrevivência em meio aos novos casos.
Desta forma, é necessário que estas empresas se estruturem, investindo em bons equipamentos e softwares, com a finalidade de aumentar sua eficiência, produtividade, segurança e economia de energia. Além disso, para que a otimização dos serviços seja completa, as empresas devem ainda acompanhar os novos formatos operacionais e de trabalho, para que seus funcionários retornem a ele de forma segura.
Além disso, um destaque importante é a crescente demanda dos clientes por mais do que apenas relações comerciais – uma vez que o distanciamento implicou na redução do contato, eles querem experiências melhores e interação pessoal. Assim, construir relacionamento, confiança e laços, ainda que por meios tecnológicos, fará muita diferença. Para pequenas e médias empresas, esse ponto pode ser tratado como uma vantagem, uma vez que, por sua localidade, possuem maior facilidade de aproximação com o cliente.
Empresas digitalmente maduras podem sair em vantagem e retornarem à competitividade nestes tempos complexos. As que souberem utilizar o momento para acelerar sua transformação não somente responderão rápido ao mercado, mas terão um legado mais duradouro a longo prazo. Pequenas e médias empresas são essenciais para a manutenção das relações locais assim como globais, e por isso, sua capacidade de inovação, entrega de boas experiências e presença constante com os clientes são alguns dos pontos mais importantes de contribuição à economia.
Por Por Fabiano Schunck, gerente de Vendas via Canal na AMD.
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