A pandemia acelerou a Transformação Digital das empresas como nunca. Mesmo que muitos desafios ainda persistam, as organizações procuram garantir a segurança e a produtividade das equipes remotas. Sem dúvida, os próximos meses serão desafiadores. Por isso, a Fujitsu faz uma série de previsões de Segurança Cibernética e produziu um relatório com observações específicas e tendências para o segmento.
A adoção em massa do home office forçou muitas organizações a acelerarem suas estratégias digitais. Com as pessoas sendo forçadas a mudarem seus hábitos e usando dispositivos pessoais, aumentaram as ameaças de e-mails de phishing direcionados e bem elaborados. Além disso, as empresas precisarão definir prioridades de gastos, com decisões difíceis sobre quais investimentos serão reduzidos. Isto significa a postura com relação à segurança não conseguirá acompanhar a mesma velocidade do crescimento das ameaças.
“A pandemia global exigiu mudanças, novas demandas e orçamentos ainda mais apertados. Os usuários consideram a segurança complicada, trabalhosa e demorada. Esta frustração resulta em usuários abandonando um serviço ou contornando os controles de segurança. Os vencedores nesse “novo normal” serão aqueles capazes de se adaptar a esses novos requisitos e entregar uma experiência de usuário forte, de forma segura e confiável”, analisa Nilton Cruz, diretor de Arquitetura de Soluções da Fujitsu
Uma nova onda de ransomwares e o 5G potencializando vulnerabilidades
À medida que a tecnologia 5G amadurece, preocupações com a segurança também aumentam. Isso resultará em um alto fluxo de dispositivos de IoT não-seguros, bem como de requisitos de segurança de infraestruturas críticas. As empresas deverão revisitar suas estratégias de segurança para o uso de redes móveis públicas e não confiáveis, sem ignorar as oportunidades que o 5G oferece.
Além disso, os ataques de ransomware devem crescer em escala e sofisticação ao longo do ano. De acordo com dados da Check Point, no terceiro trimestre de 2020 eles aumentaram 50%. A natureza dos danos de um ataque de ransomware também está mudando e espera-se um uso maior da tecnologia de Inteligência Artificial. Na visão de Cruz, ela será parte do problema, mas ela também será parte da solução, pois continuará a desenvolver recursos para detectar e sinalizar comportamentos suspeitos.
“Os cibercriminosos aproveitam temas atuais e estão lançando ataques de engenharia social projetados para tirar vantagem – e até mesmo criar – pânico e medo. Prevemos muita desinformação e esperamos ataques multivetoriais, sendo que alguns países já estão testando o uso de Machine Learning para se defender contra campanhas de desinformação. A facilidade e velocidade que o 5G proporcionará dará ainda mais trabalho para os CISOs blindarem suas infraestruturas”, avalia Cruz.
Preocupações com privacidade e foco em proteção na Nuvem
O mundo se conectou mais do que nunca. A IoT impulsionou a inovação e explodiu sem uma estrutura de segurança robusta. A proliferação de ataques DDoS comprometeu a privacidade, e o 5G irá acelerar o rastreamento de devices para capitalizar o comportamento das pessoas. O executivo acredita que as organizações precisam ter como pilar de sua estratégia de segurança a proteção em nuvem em várias camadas à medida que equilibram digitalização e segurança.
“A exposição dos dados das pessoas é muito grande e por isso, precisamos de medidas para confiar que estas informações não serão usadas de forma incorreta. Além disso, esperamos que mais companhias reconheçam o valor da computação em nuvem como um meio confiável de fornecer segurança operacional para locais onde não é prático ou viável uma implantação física”, salienta Cruz.
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