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Data Literacy: nova economia requer profissionais alfabetizados em dados para diferentes áreas

A utilização de dados por organizações dos setores público e privado vem ganhando cada vez mais espaço e importância para diferenciais estratégicos competitivos, consolidação de resultados e transparência. Diante da presença crescente dos números, índices e estatísticas em todos os lugares, inclusive acessíveis ao público final – seja ele consumidor ou cidadão – a alfabetização de dados é uma vertente a ser considerada para profissionais de diferentes setores da nova economia, uma vez que passa a ser essencial saber fazer a leitura, análise, gerenciamento e argumentação dessas informações.

Grandes adaptações e transformações ocorrem no setor público, nas esferas federal, estadual e municipal. Enquanto os portais de transparência sobre o uso de recursos públicos se consolidam, desde o início da pandemia, os painéis com números dos casos, mortes, recuperados e vacinados em relação à Covid-19, tornaram-se ferramentas analíticas de rotina acessíveis para monitoramento e tomadas de decisões por parte dos governantes e de fiscalização para a sociedade. No entanto, uma das principais mudanças aconteceu na legislação, por meio da implementação da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD.

Essa geração de volumes massivos de dados proporciona iniciativas privadas de empresas que atualmente ofertam uma infinidade de produtos e serviços já presentes no nosso cotidiano, e que são aperfeiçoados com base nas informações e experiência do usuário – agora mais fiscalizadas pela LGPD. Essa inundação de dados no mercado, entretanto, transbordou a realidade dos profissionais de Tecnologia e alcançou todas as áreas, tornando-se fundamentais para o desenvolvimento de estratégias operacionais, comerciais e de marketing, por exemplo, por parte de funcionários de diferentes níveis hierárquicos, em companhias de ramos de atuação diversos.

De acordo com a pesquisa Global State of Enterprise Analytics 2019, 60% das empresas no Brasil já utilizam Data & Analytics, e esse número tende a crescer rapidamente. Por isso a necessidade real de uma alfabetização de dados para ajudar cada colaborador a entender com que tipo de informação está trabalhando, como pode extrair os melhores insights sem ferir a lei e, principalmente, fazer a pergunta certa aos dados que têm nas mãos. A LGPD exige controles claros, planos de comunicação (em casos de incidentes), relatórios e auditoria. Dessa forma, um corpo funcional alfabetizado em dados estará muito mais preparado para lidar com essas demandas.

Como cidadãos, temos a obrigação de entendermos e questionarmos os dados e informações que chegam até nós, seja através de um portal de notícias, um telejornal ou uma simples troca de mensagens. Nas empresas, verifica-se hoje, uma preocupação em iniciar programas de alfabetização de dados para os seus colaboradores, inclusive, muitas delas criando programas para esse fim. Entretanto, a grande maioria não sabe por onde começar, e aí é que entra um programa mundial denominado Data Literacy Project, liderado por grandes empresas do setor, que possui um conteúdo gratuito para iniciar questões básicas, desde a metodologia até os treinamentos.

E também, no âmbito acadêmico, empresas privadas realizam parcerias com universidades para a disponibilização dos conteúdos, materiais e treinamentos aos alunos e professores. O objetivo das parcerias destas instituições é democratizar o conhecimento e preparar os estudantes, que são a próxima geração a adentrar no mercado corporativo, formando uma geração dotada de diferenciais e habilidades essenciais para a nova realidade das companhias.

Portanto, independentemente do programa, o importante é o conhecimento. E esse conhecimento, mais do que uma mera formalidade acadêmica ou corporativa, é vital para o negócio e para a empregabilidade das pessoas.

Por César Ripari, diretor de Pré-vendas da Qlik para América Latina

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