Os reflexos socioeconômicos da pandemia têm afetado as organizações independentemente do porte de seus negócios. Para se adaptar rapidamente a esse cenário que se convencionou chamar de “novo normal” muitas empresas precisaram acelerar o passo a passo na adoção de novos recursos tecnológicos para mudar seus modelos de negócios. E isso as tornou mais propensas a investir em inovação este ano. É o que revela a segunda edição do ICTd – Índice Cesar de Transformação Digital, estudo que ajuda a mapear o nível de maturidade digital das empresas brasileiras, publicado na edição 2020 do Cesar Reports.
De acordo com a pesquisa, 23,7% dos respondentes afirmam que a Transformação Digital se tornou prioridade máxima no planejamento estratégico da empresa, representando um salto de 7,3 p.p. em relação a 2019. Todavia, percebe-se uma redução no número de respondentes que não veem o tema como uma prioridade, caindo de 16,9% em 2019 para 12,32% em 2020. “O que demonstra não só a conscientização das organizações em relação à importância e urgência do tema”, diz o Chief Design Officer do Cesar, Eduardo Peixoto.
Segundo ele, o estudo tem como objetivo avaliar o avanço da maturidade digital das organizações provocada pelos os impactos nos negócios causados pelo isolamento social. O material ainda conta com um capítulo que aponta tendências e previsões para ajudar as empresas a se preparar para 2021. “Pensando nas empresas que já haviam começado ou tinham planos para iniciar sua jornada de transformação digital, decidimos investigar o que a pandemia acelerou e o que foi deixado de lado”, diz.
Ao se autoavaliar a respeito do processo de transformação digital durante o ano de 2019, 34,36% das empresas responderam que se consideravam perto, ou muito perto da maturidade digital. Um ano depois de darem estas respostas e terem sido obrigadas a se adaptar rapidamente ao que se convencionou chamar de “novo normal” trazido pela pandemia em 2020, o patamar de organizações que se consideram neste nível de desenvolvimento saltou para 42,77%. Este crescimento de oito pontos percentuais é um dos destaques do ICTd, que pode ser conferido em detalhes no link: https://materiais.cesar.org.br/report-ictd2020.
Participaram da avaliação 418 empresas de diversos setores, com maior representatividade os setores de serviços (15%), consultoria (12%), financeiro (10%) e tecnologia (8%), o que mostra a diversidade das organizações que estão preocupadas com a Transformação Digital. Em relação ao porte, houve uma maior participação das micro e pequenas empresas entre 2019 e 2020 (aumento de mais de 9 p.p.), o que reforça o crescente interesse dessas organizações pelo tema, considerando o cenário atual de desafios e restrições impostos pela pandemia.
Para Peixoto, migrar para o digital não se trata apenas de mudanças na oferta, já que organizações inteiras estão sendo completamente reescritas para continuar sendo relevantes. “Para entender o nível de maturidade digital de uma empresa, é necessário avaliar de forma ampla os impactos da transformação, olhando para dentro e fora da organização”, diz.
Ele explica que são oito os aspectos apresentados na metodologia de Transformação Digital, são: Cultura & Pessoas, Consumidores, Concorrentes, Inovação, Processos, Modelo de Negócios, Dados & Ambiente Regulatório e Tecnologias Habilitadoras. A pesquisa do CESAR, centro de inovação, educação e empreendedorismo com sede no Recife e regionais em Manaus, Curitiba e Sorocaba, foi realizada em parceria com a revista HSM Management.
Serviço
www.cesar.org.br
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