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Grupo Toccato avalia tendências para 2021 e traça metas

Por quatro vezes Master Reseller do Ano, prêmio mundial concedido pela Qlik, a empresa avalia que o mercado comportamental tecnológico vai continuar avançando com ou sem vacina esse ano, porque já está no DNA de todas as companhias
Grupo Toccato avalia tendências para 2021 e traça metas

Guilherme Tavares, CEO do Centro de Serviços Compartilhados do Grupo Toccato fala sobre mercado, iniciativas e expectativas para 2021. Fundado em 2006, o Grupo atua em Analytics e soluções para transformação digital, orientando seus clientes em cada fase da jornada de dados, desde a coleta e tratamento até a análise, implementando soluções de dados de ponta a ponta para tomadas de decisão mais assertivas. Detentor das empresas Toccato, AnalisaBR e Toccato Serviços Compartilhados, o Grupo foi premiado quatro vezes como Master Reseller do Ano, prêmio mundial concedido pela Qlik.
Além da sede em Florianópolis, possui filiais nas principais capitais do País.

Acompanhe.

Qual a expectativa quanto ao comportamento de mercado nacional?
Na visão do Grupo Toccato, a pandemia impulsionou a transformação digital e, consequentemente, a ampliação comportamental do uso da tecnologia. O que realmente deu o gatilho da transformação, e a necessidade de mudarmos a nossa visão em relação a tecnologia, foi o comportamento do consumidor, que fez com que as empresas precisassem se ajustar. Essa disrupção veio por meio da aceitação da tecnologia em seus modelos de negócios, seja nos processos, produtos ou até mesmo nas formas de vender.
A expectativa que o Grupo Toccato tem é que, independentemente de termos vacinas para todos ou não, o comportamento tecnológico vai continuar avançando. Acreditamos inclusive que, com esse avanço, os dados serão gerados de maneira mais rápida e em uma intensidade muito maior. Muitos falam que o Big Data é tendência para 2022 e 2023, mas o Big Data já é realidade. As pessoas já geram dados suficientes para mapear, ‘metrificar’ e entender o comportamento que ela está apresentando, seja de consumo, tecnológico ou qualquer outro tipo de comportamento que estar por trás desses dados.
Quando analisamos que o Big Data, já é realidade e isso vai acelerar cada vez mais, o nosso questionamento é: as empresas sabem o que fazer com esses dados? Sabem quais dados elas precisam realmente analisar ou elas vão analisar tudo? Se analisar todos os dados que entram no meu Big Data, passo dias analisando essas informações, por mais veloz que seja o meu produto, mas eu não vou ter ação, gatilho ou entregável que vá mudar o comportamento do meu consumidor dentro da minha loja, por exemplo. Se eu tiver velocidade de interpretação do dado e se nessa velocidade já tiver gatilhos – se um dado chegar dessa forma, cruzado com uma outra informação de dado –, isso vai dar um match e vai disparar um gatilho para esse consumidor dentro da loja para ele comprar um produto a mais ou para eu oferecer a ele um desconto.
As empresas precisam entender como fazer seus dados serem acionáveis, velozes – rápidos de análise –, como entender o mercado tecnológico, qual a qualidade do dado e trabalhar os insights só em cima daquilo que tem qualidade e diminuir a necessidade de quantidade.
Em resumo, entendemos que o mercado comportamental tecnológico vai continuar avançando com ou sem vacina esse ano, porque já está no DNA de todas as empresas. Obviamente, umas avançam mais rapidamente, como as empresas de tecnologia, mas entendemos que foi devido a todo esse processo que estamos vivenciando em cima de transformação digital e comportamento do consumidor/tecnológico, que o gap existente em inovação no Brasil e nos países emergentes em relação a países de primeiro mundo diminuiu significativamente no último ano devido a pandemia.

Como avalia a tendência de inovação?
Antes, em nossa visão, uma inovação verdadeira levava entre cinco e dez anos para chegar ao Brasil. Hoje, quando percebemos uma inovação de verdade lá fora, em dois ou três anos isso está no nosso mercado, sendo vendido tranquilamente dentro de qualquer empresa ou departamento de loja. Acelerou muito a nossa facilidade de acesso à inovação. Esse é um movimento viciante, ou seja, a partir de agora, as empresas não vão mais querer ser como antes e sim pensar em novas tecnologias e mudanças para aprimorar seus serviços. Nunca foi tão pertinente e importante se refletir sobre o que se pode melhorar dentro dos processos empresariais, para entregar mais produtividade e eficiência, pois tudo isso está relacionado à tecnologia e às formas com as quais ela ajuda a fazer isso. O ser humano tem um limite, mas ele consegue extrapolar esse limite de entrega quando associa comportamentos ou processos tecnológicos, sejam eles automatizados, hiper automatizados ou, às vezes, é um processo em que ainda tem gatilhos manuais, mas eles já estão embalados em sistema de tecnologia que nos facilitam ter acessos mais rápidos aos insights.

Quais são as expectativas de negócios para 2021?
O ano de 2020 pode ter sido tumultuado para muita gente, mas para o Grupo Toccato foi um ano extremamente positivo, pensando em negócios. Em relação a 2019, nós tivemos um crescimento significativo, mesmo diante de um cenário em retração. Por que crescemos mesmo diante desse cenário? Quanto mais as empresas precisam reduzir custos operacionais, analisar onde estão perdendo dinheiro e precisam investir tempo/esforço para que o investimento seja mais bem direcionado, mais as pessoas vão precisar de BI, análise de dados, de dados verídicos, catalogados e organizados para o acesso de qualquer pessoa por qualquer dispositivo, como um desktop ou mobile, e em qualquer lugar do mundo. Enxergamos em 2021 um potencial muito grande de crescimento de negócios por conta disso, uma vez que o mundo vai continuar consumindo tecnologia e transformando seus processos digitalmente. A consequência será a geração ainda maior de dados e, com esse enorme fluxo, caímos no mundo do Big Data.
Quando pensamos em uma crescente geração de dados, pensamos em uma necessidade enorme de entender sua jornada de dados associada à sua jornada de compras. Não podemos esquecer que, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade que não está cultuada na análise de dados. O que chamamos hoje de Pilar de Data-Driven, ou seja, orientada a dados, passa a ser um pilar muito importante para as empresas. Atualmente, o Grupo Toccato consegue oferecer para o mercado não só um produto – uma solução que vai trabalhar toda a jornada do dado estratégico dentro da empresa –, mas também capacitações e treinamentos certificados internacionalmente pelo nosso fabricante, que vão trazer certificados para alunos que fizerem treinamentos em análise de dados, em cultura orientada a dados, em alfabetização de dados. Nossos clientes conseguem ter não somente projetos, mas também fazer com que seus colaboradores ganhem mais conhecimentos sobre análise de dados.

Diante do cenário atual e futuro é possível fazer projeções de metas?
É possível, sim, fazer uma previsão de cenário atual e futuro diante daquilo que estamos enxergando no mercado. Muitos falavam que o oceano azul do Business Intelligence era há cinco ou seis anos, porque se vendia BI sem precisar fazer muita divulgação e marketing, tendo em vista que as pessoas começaram a olhar para isso como tendência e procuravam quem poderia suprir essa tendência dentro das empresas. O cliente nos procurava muito mais do que hoje. Agora, nós temos outros BIs concorrentes, um mercado mais saturado no Brasil. Mas qual é a diferença que faz com que tenhamos um grande oceano azul daqui para frente? As pessoas precisam se aculturar em dados. A partir do momento que tenho empresas se transformando digitalmente e trazendo para elas mais dados e a necessidade de colocar plataforma de análise de dados dentro de suas estratégias de produtos, softwares ou projetos. Temos novos projetos de alfabetização, de treinamento e capacitação. Temos as nossas metas para os próximos 3 anos e elas preveem, sim, expansões, muitas vezes até pensando no lado mais ousado de geográficas, expandir pelo Brasil e ir para universos um pouco maiores, mas isso tudo ainda está na camada de planejamento estratégico dentro da empresa para os próximos anos. Para 2021, temos nossas metas já definidas, nosso time está operando em cima delas e já sabemos que vamos entregar um crescimento maior do que entregamos em 2020 em relação a 2019.

Em termos tecnológicos, de soluções e ofertas, há novidades no horizonte?
Sim, há novidades! Nós temos um evento para parceiros Qlik acontecendo e, certamente, a Qlik vai trazer novidades que vamos poder colocar no mercado nos próximos meses. Além disso, temos o oferecimento para o mercado de produtos e capacitação com certificados reconhecidos internacionalmente e que vão fazer com que as pessoas conheçam não só o nosso produto em termos de uso e sistema, mas se capacitam em análise de dados, em aculturamento de dados e em decisões orientadas por dados. Esse ponto também é uma novidade que estamos colocando no mercado agora em 2021. Gostaria de trazer também um ponto que talvez não seja uma solução ou uma oferta nova, mas que, sem dúvida alguma, é o que o mercado mais vai precisar esse ano: o que estamos chamando de QDI – Qlik Data Integration. O QDI tem por trás produtos de análise, extração, higienização, catalogação e marketplace de dados, então, hoje, quando pensamos em Big Data, como disse anteriormente, pensamos em um grande fluxo de dados sendo coletados, mas certamente as pessoas não saberão o que fazer com esses dados. Elas não vão saber a qualidade do dado e, muitas vezes, podem até perder a origem. Na prática, imagine se o responsável por uma área dentro de BI é desligado ou pede desligamento e, depois de dois ou três anos, muitas vezes, aquela origem do dado que ele tinha na cabeça dele e que não estava documentado, vai se perder.
E, com isso, a empresa vai começar a fazer suas análises considerando dados como esse e talvez até obtendo análises completamente divergentes daquelas que ela deveria ter se realmente entendesse a qualidade. Além disso, se tivesse credibilidade na análise associada à origem, catalogação, disponibilidade e à extração real do dado na origem, e não em planilhas e data warehouses, por exemplo.
Outro ponto que gostaria de ressaltar é a importância de as empresas começarem a olhar a jornada do dado como inteira. Muitas vezes, as pessoas procuram produtos no mercado para resolver somente a parte de análises, mas esquecem de olhar um produto que vai entregar para elas um dado confiável, com credibilidade, catalogado, higienizado, ‘metrificado’ da forma correta, sabendo qual é a origem e dando credibilidade e veracidade a origem.
Tudo isso é muito importante para que as decisões sejam mais assertivas, e as empresas não estão dando importância para isso, estão simplesmente criando seus Data Lakes e seus Big Datas, e fazendo com que os dados entrem para dentro deles.
O poder de ajuste ou de mudança do comportamento do consumidor é muito alto e vai ser cada vez mais alto com a transformação tecnológica que ainda está por vir.
Ou seja, tudo aquilo que li do meu cliente hoje, pode ser completamente diferente em termos de comportamento desse mesmo cliente amanhã, dependendo daquilo que ele foi tocado. E se pensarmos em grandes Big Datas que não são dados rápidos e acionáveis, tem-se a perda da velocidade de entendimento do consumidor e o seu consumidor mudando em uma velocidade ainda maior. A empresa acaba realizando, muitas vezes, campanhas que não vão ter resultados positivos, não terão ROI, pelo simples fato de você estar fazendo uma campanha para um cliente que já não é mais seu cliente no sentido do comportamento. Quando se pensa em Big Data e a associação que ele pode trazer negativa em uma decisão na frente, você precisa necessariamente pensar no QDI, que são produtos que vão fazer com que tenham o Streaming Data, velocidade de ter dados acionáveis em real time de streaming.

Quais os próximos passos?
O mundo mudou, o comportamento do cliente mudou, as empresas vão precisar cada vez mais de QDI e vamos orientar os nossos parceiros em um evento que fazemos anualmente para falamos sobre as tendências, mostramos para eles quais são as inovações que queremos que eles coloquem para os clientes deles. O mesmo caminho que trouxemos para vocês, leitores do Infor Channel, nas demais respostas. Vamos, sim, aumentar o nosso número de clientes no Brasil. Atualmente, o Grupo Toccato tem mais de 800 clientes ativos na carteira e pretendemos aumentar esse número em, pelo menos, 10% esse ano.
Além disso, continuaremos remodelando o nosso trabalho de base, olhando para o nosso cliente também como uma fonte de receita, trazendo todas as metodologias de Customer Experience, Customer Success e Multi-Experience para dentro da própria Toccato, profissionalizando nossos processos, criando áreas novas, trazendo recursos experientes do mercado para atuar nestas áreas para fazermos com que nosso cliente tenha sucesso. E, quanto à região do país, não temos focos específicos em clientes. Nosso foco será em indústrias.

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