Há alguns anos, se eu falasse publicamente que o avanço tecnológico permitiria às pessoas adotar a modalidade do home office e utilizar ferramentas de vídeo conferência para realizar reuniões importantes, encontros com amigos e até mesmo eventos, provavelmente poucos acreditariam em mim. Mas essa realidade chegou e hoje vivenciamos algo que nunca na história da humanidade foi concebido antes.
Voltando um pouco na linha do tempo, me recordo que há cerca de 10 anos, eram poucas as corporações que faziam uso da tecnologia de vídeo comunicação. A grande maioria das reuniões realizadas com pessoas em diversas cidades do País e até mesmo no exterior, era feita via conference call. Com o passar dos anos, a videoconferência foi tomando espaço e também se tornando uma tecnologia mais acessível para muitas empresas. Mesmo assim, ainda considerada um investimento alto para um profissional liberal ou para uma empresa de porte pequeno.
Entretanto a ideia foi amadurecendo e novos aplicativos para vídeo comunicação foram surgindo. De uns anos para cá, o uso deste tipo de tecnologia ganhou mais terreno dentro de muitos escritórios no país. Mas, foi neste ano de 2020, que realmente vivenciamos uma mudança radical na forma de trabalho, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a pandemia devido ao Covid-19 e as pessoas passaram a ficar em quarentena dentro de casa.
O mais interessante de tudo isso foi verificar como o mindset dos gestores de empresas mudou tão rapidamente diante de todo esse caos gerado. A capacidade de trabalhar remotamente é fundamental para os negócios e as empresas rapidamente se adaptaram e repensaram suas operações do dia-a-dia para garantir a continuidade de seus negócios. E, na minha opinião, tudo isso foi possível graças às plataformas de comunicação em vídeo, que facilitam o dia-a-dia.
As desenvolvedoras desses aplicativos de vídeo conferência já vinham se modernizando para atender à demanda da geração Millennials, jovens nascidos a partir de 1980, que ditam o modo de pensar, viver, trabalhar e consumir e que se encontram no topo da pirâmide econômica do planeta. Hoje, essa geração soma 1,8 bilhão de pessoas, que utilizam a internet para praticamente todas as suas atividades.
Na Europa e nos Estados Unidos, a cultura do trabalho já passava por uma mudança de paradigma. No Brasil, algumas empresas já estavam se adaptando ao modelo híbrido, permitindo ao colaborador trabalhar de casa alguns dias na semana, ou em espaços colaborativos de trabalho. Passado este ano turbulento, no qual o Covid-19 ainda está em cena e que aguardamos ansiosos pela retomada do que conhecemos como vida normal, temos em mente uma questão que deve ser unânime mundialmente: Qual modelo de trabalho as empresas deverão adotar nos próximos anos?
Hoje, a comunicação baseada em vídeo capacitou as pessoas a alcançar mais e criar uma cultura conectada. As empresas por trás dessa revolução assumiram a responsabilidade de fazer o melhor para ajudar os clientes nestes tempos sem precedentes com tecnologia confiável, acesso expandido e atendimento ágil.
A forma como as pessoas passaram a se comunicar com o mundo mudou – entramos em uma nova era de trabalho e, com certeza, sem retorno para o passado não tão distante. Se você questionar a satisfação das pessoas que têm trabalhado de casa, com certeza a maioria dirá que gosta do novo modelo de trabalho e que não quer voltar para o escritório em tempo integral. Esta resposta não deve ser surpresa para ninguém, afinal de contas, quem gosta de passar horas no trânsito ou em pé no metrô lotado para chegar ao trabalho? Sem sombra de dúvidas os colaboradores se sentem mais felizes quando trabalham de casa.
Quanto às empresas, é inegável que o novo modelo de trabalho trouxe economia, em especial no valor investido em aluguéis e condomínios. Acredito que daqui para a frente, muitas empresas diminuirão o tamanho de seus escritórios ou adotarão um espaço colaborativo para realizar reuniões e manter poucos funcionários no local de trabalho. Para que seus colaboradores tenham melhor produtividade e mais flexibilidade, muitas já iniciaram seus investimentos em plataformas unificadas de comunicação, que trazem telefonia, chat e vídeo dentro de uma mesma solução.
Mas não foram apenas as empresas que rapidamente se adaptaram e inovaram para continuar tendo sucesso nos negócios. Todas as escolas precisaram aderir a uma plataforma de ensino à distância, bem como os alunos (inclusive do primeiro e segundo grau) descobriram uma nova forma de aprender e interagir com professores e amigos de classe. Para os pais, com certeza essa foi uma experiência totalmente nova e interessante.
Enfim, todo um novo universo nasceu nesses últimos meses e graças à tecnologia as pessoas se mantiveram conectadas e produtivas. E sempre com muita criatividade! Conheci histórias e pessoas extraordinariamente inovadoras nestes últimos meses. Como o relato de uma professora de yoga, que viu seus alunos se debandarem na pandemia e seu faturamento cair absurdamente. Mas conseguiu dar a volta neste cenário quando adotou o formato de vídeo conferência para ministrar suas aulas. Hoje, o número de alunos praticamente triplicou e a facilidade e a flexibilidade de horário nas aulas online são os principais responsáveis por tanto sucesso.
São muitas histórias que eu teria para contar aqui. Desde médicos que estão atendendo via online e transformando a telemedicina em algo real até professores de idiomas, contadores de histórias e academias. Outra grande surpresa foi ver uma loja que em meio à pandemia passou a atender seus clientes de forma online por vídeo conferência e ali apresentar os produtos. Hoje, voltou com as portas abertas, mas mantém seus atendimentos online para aqueles clientes que não podem ir até seu estabelecimento comercial. É um modelo de negócio híbrido, que se altera entre o atendimento cara-a-cara e o online.
Para concluir, quero deixar aqui registrada a minha satisfação em fazer parte de um momento tão inovador para o mundo.
Por Alfredo Sestini, Head do Zoom Brasil
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