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A crise sanitária mundial que vivemos no ano de 2020 foi o principal catalisador para o desenvolvimento de empresas de saúde no campo digital. De acordo com uma pesquisa promovida pelo Distrito Report Brasil 2020, ecossistema independente de startups brasileiras, o número de healthtechs, startups e empresas digitais que atuam na área de saúde, duplicou durante os últimos cinco anos no Brasil. Alguns dos principais pilares da atuação de empresas como essas, além do atendimento por vídeo chamada, são a medicina preventiva e preditiva e o tratamento de doenças.
Da Europa, onde a prática já era autorizada, vieram algumas empresas para atuar no Brasil. Uma delas foi a Iron, que iniciou seu trabalho no território nacional em Abril, no auge da Pandemia, com atendimentos virtuais particulares, além de prestar serviço para grandes empresas. Desde o início das suas atividades no Brasil, até o presente momento, a Iron registrou mais de 490 mil atendimentos via plataforma digital. “A maioria dos atendimentos resolvem bem as questões do paciente, pouquíssimos casos são encaminhados para uma emergência próxima, mas se necessário ajudamos nesse mapeamento também”, conta Jorge Ferro, CEO da Iron.
Essa expansão esclarece cada vez mais a necessidade de investimentos em projetos de prevenção de doenças e promoção da saúde, um dos principais serviços prestados pela Iron.
Ainda de acordo com o executivo, além do teleatendimento, um dos principais benefícios desse setor é atuar na medicina preventiva. De acordo com uma pesquisa feita pela Harvard Business Review, pacientes com doenças crônicas representam 50% dos custos no setor de saúde, episódios agudos vêm em seguida com 35% dos gastos, e o investimento com medicina preventiva gira em torno de 5 a 14%. “Com a promoção de saúde e a medicina preventiva, a gente consegue evitar casos de emergência espontânea, podendo salvar muitas vidas e evitando esses episódios agudos, que são os maiores custos das operadoras de plano de saúde no Brasil”, afirma Dra. Ana Helena Figueiredo, infectologista do grupo.
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“O Brasil não tem uma estratégia de promoção de saúde. O paciente não entende sobre a importância do estilo e qualidade de vida e o quanto o serviço de medicina preventiva pode interferir na saúde dele, e os planos de saúde poderiam se beneficiar indiretamente desse serviço”, reflete a infectologista.
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