Na minha visão, uma das profissões mais completas, entre as diversas que temos, é a engenharia. Ela dá vida aos projetos que surpreendem a capacidade humana. Os notebooks utilizados para o desenvolvimento das criações merecem atenção para facilitar a vida desses profissionais. Assim, eles podem se dedicar ao aperfeiçoamento do projeto, seguros de que velocidade, memória e travamento em apresentações não serão um problema.
Em uma produção recente de notebook para um engenheiro, foi me apresentado o termo Biomimética – ciência que estuda as estruturas biológicas da natureza. Foi então que enxerguei como esse mercado é amplo e exige notebooks personalizados para que atendam com excelência as demandas do setor.
Logo, uma movimentação de notebooks voltados para a engenharia no final do segundo trimestre/2020 me chamou a atenção. Os pedidos vindos de empresas referências do setor começaram a aumentar. Envolviam notebooks aptos a rodar programas para impressoras 3D, notebooks que performam softwares apropriados para Cidades Inteligentes, máquinas para programas de Building Information Model interligado com a Realidade Virtual (VR) e a Realidade Aumentada (AR), entre outros. Estas demandas cresceram cerca de 30%, o que me leva a acreditar na retomada desse mercado após o período mais crítico da pandemia.
É impressionante o quanto o setor está adotando inovações e criando projetos que demandam cada vez mais capacidade operacional de notebooks de alto desempenho. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, o setor de construção civil deve crescer 3% em 2020, o que representa a geração de aproximadamente 150 a 200 mil empregos. Imagino que a pandemia interferiu nessa projeção, mas temos que considerar que a Covid-19 impactou todos os mercados e assim que tudo isso passar, os setores que apresentavam indícios de crescimento devem sair na frente comparado aos demais. E considerando a demanda expressiva do setor por notebooks de alta desempenho, acredito que a retomada já está acontecendo.
Assim, atuar com recursos de alta performance que proveem agilidade operacional acima da média será essencial para se destacar nessa recuperação com força competitiva. Faço questão de contribuir com essa retomada e deixar informações importantes que ajudarão os profissionais na hora de escolher a máquina ideal que dará vida aos projetos. A primeira e mais importante é considerar notebooks com velocidade e sistemas que suportem programas como Autocad, Revit, SketchUp, Matlab, 3DS Max, Solidworks, TQS, entre outros, para projetos de alta complexidade. Para demandas recorrentes, é importante que os notebooks tenham as características técnicas abaixo:
· Placa de vídeo com no mínimo 6gb dedicados;
· Processador Core i7 ou Core i9 serie H de alto desempenho;
· 32gb de memória ram (mínimo);
· SSD NVME.
Já para estudantes e profissionais liberais com demanda de baixa a média escala, as características abaixo atendem perfeitamente esse fluxo:
· Vídeo com 4gb dedicados;
· Processador Core I7 serie H de alto desempenho;
· 16gb de memória ram;
· SSD NVME.
É importante também considerar os componentes de última geração para atualizações tecnológicas automáticas, visto que os softwares se atualizam e isso aumenta o rendimento no desenvolvimento de projetos. Ainda é imprescindível verificar se os componentes são voltados para o desempenho e rendimento de aplicações pesadas. Existem no mercado diversas soluções em processadores, memórias e SSDs, porém, há diferenças em componentes que são desenvolvidos para uso comum e para uso de alta performance. Isso faz toda a diferença na hora de trabalhar, agrega muito mais qualidade aos projetos, traz agilidade na execução e resultados mais satisfatórios aos profissionais. E não menos importante, analisar os periféricos do notebook, tais como construção, saídas e entradas, teclado, tela, entre outras características.
E qual é a grande dúvida na hora de escolher o notebook para projetos de engenharia?
Uma das principais dúvidas é referente ao processador, se atende a premissa de alto desempenho. É importante frisar que o ideal para o mercado são as séries voltadas para o desempenho e não para a economia de energia. Gosto de ressaltar isso, porque já vi profissionais priorizando a economia de energia e, ao demonstrar o que as máquinas de alto desempenho podem entregar, eles refletem melhor sobre as prioridades e enxergam o quanto o custo/benefício a médio prazo é mais atrativo.
Outra dúvida recorrente é em relação à quantidade de memória de vídeo dedicada para cada trabalho, ou seja, se está adequado ao volume de projetos desenvolvidos e armazenados pelo profissional. As taxas de leitura e escrita do SSD também são características técnicas que geram bastante dúvidas desses profissionais. Por isso, ter um consultor especializado nesse mercado, que entenda as peculiaridades do setor, consiga customizar notebooks para demandas específicas e enxergar a velocidade do negócio, é um diferencial que garantirá máquinas de alto desempenho em ótima qualidade a longo prazo.
Armadilhas na hora de escolher a máquina!
Escolher uma máquina pelo preço, sem conhecer as diferenças, critérios e configurações, é a principal armadilha que gera gastos expressivos com a necessidade de manutenção frequente, morosidade nos projetos e até a troca recorrente dos notebooks. É claro que a manutenção preventiva é o segredo para o notebook estar sempre em bom estado. Mas, quando há uma movimentação de reparos além do previsto, a perda vai além dos gastos: o profissional fica sem a ferramenta de trabalho, há atrasos nos projetos, o risco de perder informações importantes e até o risco de ter dados confidenciais acessados por pessoas não autorizadas.
Mas, os notebooks mais caros são os indicados para esses profissionais?
Vou ser bem pragmático na minha resposta. O notebook ideal para engenheiros não é o mais caro e nem o mais barato. A máquina adequada é aquela que atenderá às necessidades, ao considerar a demanda mensal, deslocamento do profissional com o notebook, nicho de atuação dentro da engenharia, programas utilizados, integração com sistemas e uma série de detalhes que nortearão qual é o notebook ideal. O setor é um dos mais inovadores, mas a escolha do notebook exige um atendimento customizado e até humanizado para essa troca de informação assertiva. A inovação no setor de engenharia é cíclica. Estar atualizado com elas nos diferentes nichos da engenharia, ser ágil e atuar com recursos que possibilitem entregas rápidas, na minha visão, são diferenciais importantes que destacarão gênios da área. É um mercado com softwares que exigem desempenho computacional profissionalizado para se sobressair no quesito competitividade. Acredito muito no crescimento do setor nos próximos anos.
Por Emerson Salomão, CEO da Avell
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