Mais um capítulo na guerra comercial e tecnológica entre Estados Unidos e China foi escrito neste fim de semana. O alvo agora foi a maior fabricante chinesa de chips, a Smic (Semiconductor Manufaturing International Corporation). De acordo com a agência de notícias Reuters, empresas dos EUA ou de outros países, mas que usem tecnologia americana, somente poderão exportar para a Smic com licença especial. O governo norte-americano alega que há o risco de os chips da Smic serem usados para fins militares e que a decisão foi baseada em relatórios do Pentágono. A empresa chinesa depende de equipamentos e insumos para fabricar seus produtos.
Em nota, a Smic disse que fabrica semicondutores e fornece serviços apenas para usuários civis e que a empresa não tem relação com os militares chineses. Afirmou ainda que ainda não recebeu notificação formal sobre as novas restrições.
Essa nova sanção vem na esteira de outras ofensivas contra companhias chinesas, como a Huawei, que foi impedida de usar aplicativos e serviços do Google, e mais recentemente o aplicativo TikTok, da ByteDance, ameaçada de ser banida do mercado americano.
O governo chinês planeja agora um grande impulso na indústria doméstica de semicondutores, que terá investimento de US$ 1 trilhão em cinco anos. É provável que a Smic esteja no centro dessa investida.
Serviço
www.smics.com
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