A nuvem híbrida foi o principal tema da abertura do Red Hat Forum Latin America, evento anual de tecnologia open source que acontece hoje (22/09) de forma online. “Este é um complemento do Red Hat Summit, que ocorre todos os anos entre abril e maio. São eventos muito focados no tema da inovação aberta, não de produtos ou tecnologias, mas de transformação dos negócios”, disse Paulo Bonucci, gerente geral Rede Hat para a América Latina.
Segundo o executivo, com a pandemia de Covid-19, cresceu o uso de serviços virtuais, o que exige a necessidade de operar em uma plataforma com arquitetura de nuvem, privada, pública ou híbrida. “Em nossa visão, as tecnologias abertas são mais adequadas às necessidades de agilidade, flexibilidade e segurança. Acreditamos que a velocidade e a qualidade de inovação proporcionada pelo código aberto são melhores e maiores em comparação à tecnologia proprietária”, afirmou.
Bonucci embasa sua afirmação com uma pesquisa que é feita pela empresa anualmente. “Constatamos que 63% das empresas já têm uma infraestrutura de TI feita em tecnologia de nuvem híbrida. Dos 37% que não têm, metade tem planos para adequar sua infraestrutura para nuvens híbridas”, disse. Outra questão mostrou que 33% dos entrevistados afirmaram que suas estratégias são baseadas em nuvens híbridas, 13% em nuvem privada e 10% em nuvem pública. “A pesquisa ainda mostrou que 83% dos entrevistados acham que o código aberto é um componente fundamental para a construção dessas nuvens, que proporciona maior agilidade e flexibilidade, e 86% disseram que as empresas mais inovadoras usam tecnologia de código aberto”, disse.
“Aqui entra a Red Hat, que há quase três décadas faz tudo em código aberto, inclusive o que compramos e tinha código proprietário, abrimos e compartilhamos com as comunidades”, afirmou Bonucci. “Este nosso modelo de desenvolvimento está em nossa história, que começou em 1993 com o Linux, passou por uma série de aquisições, sempre voltadas para fortalecer as nossas ofertas e não para aumentar a base de clientes, até a compra da Red Hat pela IBM em 2019”.
Combinação poderosa
Ana Paula Assis, gerente geral da IBM para a América latina, também participou da abertura do evento. Segundo a executiva, o mercado está saindo da fase de Transformação Digital para a aceleração digital. “O nome do jogo neste cenário é agilidade, o que se traduz em tecnologia de nuvem híbrida, aberta e descentralizada. Isso é que vai ajudar as empresas a fazerem esse processo de aceleração de maneira eficiente e segura”, afirmou.
Em sua opinião, a dobradinha IBM e Red Hat vai ajudar os clientes em quatro grandes dimensões. Primeiro modernizando as aplicações existentes, que fazem parte do legado, mas que são críticas. Um segundo aspecto importante é como extrair valor dos dados. “Pesquisas mostram que até 90% dos dados armazenados nas empresas não são acessados e não geram valor”, disse Ana Paula. Outro ponto, segundo a executiva, é como trazer mais automação aos processos de negócios de maneira inteligente, como criar fluxos de trabalho que sejam automatizados, com capacidade de Inteligência Artificial e robótica, pois cada vez mais é preciso agilidade no processo de tomada de decisão. Por último, ao abrir a empresa e conectar, é preciso garantir a segurança e conformidade sobre as regulações as quais a empresa está subordinada. “Estes são desafios gigantescos e que só uma arquitetura híbrida aberta pode contribuir para esse processo de transformação”, afirmou.
“A gente traz uma combinação muito poderosa, pois de um lado tem a experiência da Red Hat em trabalhar nos ecossistemas de desenvolvimento open source, com acesso a um capital intelectual vastíssimo, que se atualiza e se renova a cada dia, tudo isso combinado a uma empresa como a IBM, que trabalha com clientes em missões críticas há quase cem anos”, lembrou. “Meses após a aquisição da Red Hat, certificamos todas as nossas plataformas de hardware para estar 100% aderentes às tecnologias da Red Hat, e mudamos todos os nossos processos de desenvolvimento de software, que hoje é feito no conceito de contêineres com Openshift da Red Hat”, finalizou.
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