book_icon

Pagamento via celular dispara na pandemia e promete mudar o mercado

Estudo do Capterra, informa que 46% dos entrevistados que tinham apps instalados afirmavam pagar regularmente produtos ou serviços usando tais aplicativos antes da crise
Pagamento via celular dispara na pandemia e promete mudar o mercado

Número de consumidores que afirma pagar com frequência usando dispositivos móveis subiu 32% após início da crise do Coronavírus; 96% dos consumidores com uma carteira digital instalada pretendem seguir ou começar a utilizar o sistema de pagamento sem contato, chamado na língua inglesa de contactless,  após o fim da pandemia.
A aposta de que a pandemia do Coronavírus daria um impulso na digitalização tanto das empresas como dos consumidores parece estar se concretizando.
Novo estudo feito pelo Capterra com 1.002 entrevistados de todas as regiões do País entre os dias 14 e 21 de julho mostra um crescimento de 32% no volume de pagamentos frequentes por dispositivos móveis entre aqueles que possuem carteiras digitais, que permitem realizar as chamadas transações contactless, instaladas nos seus celulares ou relógios inteligentes. Segundo a pesquisa, 46% dos que tinham esses apps instalados afirmavam pagar regularmente produtos ou serviços usando tais aplicativos antes da crise, contra 61% desde que a pandemia iniciou.

Somente 18% do total de entrevistados afirmam preferir pagar usando notas e moedas; 22% dizem preferir cartões de crédito, 32%, cartões de débito, 23%, carteiras digitais, 1%, relógios inteligentes
Já o número daqueles que possuem carteira digital e dizem não utilizá-la caiu 72% na comparação do período anterior à crise com o atual (de 18% para 5% dos entrevistados, respectivamente).
A questão sanitária jogou papel fundamental: 28% dos consumidores que usam carteiras digitais apontam o pagamento 100% sem contato como a maior vantagem desses aplicativos, atrás apenas dos que consideram mais seguro pagar com carteiras digitais do que com cartão de crédito (29%).
Vale lembrar que a digitalização dos pagamentos está na pauta do governo: atento às mudanças recentes, o Banco Central (BC) lançou um projeto para modernizar o sistema financeiro nacional, o PIX, aprovado no último dia 12 de agosto e com previsão de lançamento para novembro.
Tudo aponta a um futuro promissor para as transações digitais pós-Covid: segundo a pesquisa, 96% dos consumidores com uma carteira digital instalada pretendem seguir ou começar a utilizar o contactless após o fim da pandemia.
Dinheiro físico perde espaço
Além de traçar um panorama sobre os pagamentos com celular, o Capterra comparou a preferência do consumidor por transações em dinheiro físico com outros meios de pagamento, como cartões (também incluindo o contactless).
Segundo a pesquisa, somente 18% do total de entrevistados afirmam preferir pagar usando notas e moedas. Entre o restante, 22% dizem preferir cartões de crédito, 32%, cartões de débito, 23%, carteiras digitais, 1%, relógios inteligentes e 4% afirmam não ter preferência.
Entre os entrevistados com rendas mais altas (de 7 a 15 salários mínimos), a preferência pelas carteiras digitais alcança os 40%.
Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados afirmam ser mais provável comprar de estabelecimentos que aceitam pagamentos sem dinheiro físico do que daqueles que não.
Além disso, 67% dizem que se sentiriam confortáveis vivendo em uma sociedade sem dinheiro físico.
“Como mostram os dados, a adaptação dos negócios aos novos métodos e hábitos de pagamento, com o impulso extra trazido pelo coronavírus, pode representar uma questão de sobrevivência para muitos negócios tanto no curto como no longo prazo”, comenta Lucca Rossi, analista responsável pelo estudo.

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.