Por vários anos, a tecnologia se tornou cada vez mais relevante como o principal meio de nossa interação com meio. A transformação digital e a transição de muitas ferramentas para portais digitais tornaram o acesso às informações mais fácil e mais imediato, e permanecer conectado ao mundo exterior tornou-se praticamente uma constante.
No entanto, assim como a tecnologia abriu as portas para tantas facilidades e confortos, também aumentou o risco de roubo de dados e fraude de computadores para as empresas. Isso significa consequências cada vez mais caras e destrutivas, gerando não apenas a perda de credibilidade e danos à reputação das instituições, mas também um impacto financeiro bastante alto como resultado da violação de dados em cada cibercrime.
Hoje, o roubo de identidade e tudo o que isso implica são uma realidade problemática que se manifesta acima de tudo no setor financeiro. Segundo um relatório da Kaspersky, o Brasil está no topo da lista dos países mais afetados por ataques cibernéticos nos últimos meses, enquanto, no nível regional, Colômbia, México, Equador e Peru completam a lista dos 5 principais, representando milhões de perdas para o setor financeiro global.
Embora a América Latina seja caracterizada como uma das áreas com uma taxa de penetração da Internet bastante alta, ainda falta preparação e ferramentas suficientes para combater o cibercrime. De acordo com os grandes bancos da região, a fraude bancária on-line nos países latinos continua aumentando, gerando um grande custo econômico e desconfiança para bancos e clientes nessa região. O Brasil é um dos mercados com maiores índices de ataques por computador, por ser uma das economias mais fortes da região.
É claro que, apesar dos esforços existentes para proteger o acesso a informações e dados pessoais, a segurança das pessoas no mundo digital continua sendo uma área vulnerável. Atualmente, as senhas não são mais uma garantia de segurança e é imperativo que procuremos novos métodos de proteção de dados que reduzam os riscos que os clientes correm ao fornecer informações e dados pessoais ao seu banco preferido.
Agora, embora não exista um mecanismo que garanta 100% de redução no risco de crimes cibernéticos, ficou provado que a multiplicidade de mecanismos de segurança de computadores pode aumentar bastante as chances de combater essas situações e a capacidade das empresas de ser capaz de oferecer a seus clientes maior segurança e confiança no desenvolvimento de suas transações diárias.
Uma combinação de biometria e tokenização, por exemplo, é uma das soluções que continua ganhando espaço no mercado de segurança de computadores.
Uma dupla dinâmica de segurança bancária
Os sistemas biométricos são um conjunto de tecnologias digitais que usam características físicas das pessoas como meio de autenticação. Hoje, podemos encontrar esse tipo de tecnologia em muitos lugares; quando nos dão acesso a condomínios, ao registrar nossos dados em hospitais e bancos, e mesmo quando desbloqueamos nossos celulares com nossa voz ou entramos em alguns aplicativos usando nossa impressão digital ou reconhecimento facial. A autenticação precisa e exata também é necessária para garantir operações seguras e eficientes desde comércio eletrônico a orgãos públicos, dado o crescente número de transações on-line (bancos, administração pública etc.).
A tokenização, por outro lado, refere-se ao mecanismo pelo qual os dados e informações mais sensíveis do titular de um cartão ou meio de pagamento são substituídos por um token aleatório que muda constantemente sempre que o usuário decide realizar uma transação.
Antes, ao fazer qualquer movimento, os bancos solicitavam aos clientes uma senha e/ou número do cartão. No entanto, esses processos de autenticação foram cada vez mais violados. Nesse sentido, as instituições financeiras foram confrontadas com o desafio de implementar novos recursos de segurança que aproveitam os avanços tecnológicos para integrar a inovação em seus processos, como sistemas de reconhecimento facial, de voz ou de impressão digital, combinados com um segundo fator de identificação, como tokenização, que torna as transações bancárias mais seguras.
Sendo assim, a combinação desses dois fatores de autenticação em qualquer banco criará uma série de camadas e barreiras de segurança pelas quais o usuário deve passar, evidenciando sua legitimidade.
A incorporação deste tipo de soluções biométricas e de tokenização permite, por um lado, que o usuário não precise se lembrar de senhas, e por outro, facilitam que as informações estejam sempre protegidas de qualquer ataque cibernético por roubo de identidade, com a certeza de que sempre será emitido um número de identificação diferente daquele que só é acessível através do token.
Os esforços contínuos de pesquisa e desenvolvimento levaram à geração contínua de algoritmos de identificação cada vez mais avançados e altamente precisos, disponíveis no mercado. Embora os riscos sejam reais, a combinação de ferramentas que exigem e verificam a autenticidade do usuário é posicionada como uma das soluções mais eficientes e funcionais, pois é difícil quebrar as duas barreiras, dada a complexidade de acessar todos requisitos que biometria e tokenização solicitam a uma pessoa no momento de sua transação.
Seria irreal afirmar que este é o fim dos crimes cibernéticos. No entanto, a evolução de tecnologias como a mencionada e a capacidade de combinação que podem ser feitas entre as duas aumentam significativamente o nível de confiança e tranquilidade que as empresas bancárias podem oferecer a seus clientes, em uma época em que processos digitais ganharam grande destaque na vida de qualquer pessoa.
Por Wagner Gomes Martin, diretor de Desenvolvimento de Negócios da VeriTran
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MATÉRIA DE CAPA | TIC APLICADA
Campo digitalizado: sustentabilidade e eficiência
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