O Ministério da Educação e Cultura aprovou como uma medida extraordinária e temporária a adoção do ensino remoto, para que as instituições do segmento pudessem cumprir com o cronograma de aulas presenciais definido no início do ano, em um período pré-pandemia que parece cada vez mais longínquo. E, como ocorre em todo o processo desenvolvido sob a pressão do tempo, essa migração para o ensino remoto apresentou, e ainda apresenta, desafios a todos os envolvidos: diretores, professores, alunos e pais ou responsáveis.
Neste novo cenário, todos os atores foram profundamente impactados. Os estabelecimentos de ensino e os professores tiveram que se adaptar rapidamente a uma nova linguagem e os alunos a um novo meio de aprendizado, muito mais susceptível à falta de concentração e com a ausência da interação presencial com seus colegas de classe e de escola.
Entre as imensas dificuldades presentes nesta verdadeira “troca do pneu com o carro em movimento”, uma em particular é objeto desta análise: a questão da segurança dos dados. Para quem, como eu, vive o dia a dia de uma empresa voltada à entrega de soluções de segurança e disponibilidade dos dados, é impossível não se preocupar com a quantidade de ameaças cibernéticas capazes de causar graves danos às máquinas e comprometer a segurança das informações. Um risco que todas as pontas desta nova realidade correm.
Colégios e universidades tiveram da noite para o dia que aumentar o número de usuários de e-mail corporativo, aprimorar o controle de acesso às suas redes e portais, ampliar o espaço de armazenamento (incluindo em muitos casos a nuvem) em razão do expressivo aumento de volume de novos dados, o que demandou obrigatoriamente a adoção de medidas de segurança para proteção dos dados sensíveis e seu tráfego entre a escola e a casa dos estudantes.
Instituições, professores e pais se uniram para viabilizar esta transição no menor tempo possível. Agora que o impacto inicial já foi, em grande parte, absorvido por todos, é o momento de dedicar especial atenção à questão da segurança. Este alerta não é destinado somente às escolas. Não podemos esquecer que, em muitos casos, este imenso novo contingente de alunos online passou a utilizar o notebook dos pais para continuar seus estudos.
Basta um click errado para que informações importantes sejam deletadas ou, pior ainda, acabem nas mãos de criminosos cada vez mais sofisticados, que fazem da extorsão uma expressiva fonte de renda. Todos os envolvidos neste novo normal têm a obrigação de fazer literalmente o dever de casa e colocar a segurança como uma prioridade, buscando no mercado ferramentas eficazes que, com uma relação custo-benefício muito favorável, vão além do simples antivírus e garantem a proteção dos dados sensíveis e que eles estejam sempre disponíveis.
Por Daniela Costa, vice-presidente para a América Latina da Arcserve
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