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Pagamentos por aproximação demandam atenção com a segurança durante a pandemia

Não é mais novidade para ninguém que as medidas de restrição em combate ao novo coronavírus aceleraram o processo de utilização de canais online. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), entre o público que já utiliza o e-commerce, 61% aumentaram significativamente o uso de meios digitais para adquirir produtos ou contratar serviços.
A adoção de meios de pagamento digitais – como aplicativos e sistemas de aproximação (NFC) em cartões – também se popularizou. O crescimento do uso das inovações nos fez dar um salto no tempo, e o que estava sendo esperado para acontecer nos próximos quatro ou cinco anos pode se tornar realidade nos próximos quatro a cinco meses.
Essa tecnologia agora é a maneira mais segura de efetuar pagamentos, porque basta aproximar o cartão da maquininha e, nas transações abaixo de R$ 50, não é necessário nem colocar a senha. Os consumidores também podem optar por transações por aproximação feitas por meio de carteiras digitais.
Como funciona o NFC
Esses métodos são considerados mais seguros, porque sem contato não é possível clonar um cartão ou coletar dados para concluir uma compra online. Somente um Terminal ou POS genuíno (as populares maquininhas), fornecido por uma adquirente, é capaz de fazer essa conexão.
Os cartões sem contato são incorporados a uma antena de comunicação de campo por proximidade que pode ser usada para pagamentos por aproximação via ondas de rádio. O cartão cria um criptograma dinâmico, código exclusivo para cada transação individual, que muda automaticamente dentro de um tempo pré-determinado, sem a intervenção do portador, o que reduz consideravelmente o risco de ser hackeado e usado para transações fraudulentas.
No “novo normal”, a preferência por pagamentos sem contato se dará também por conta da maior conveniência que muitos dos usuários iniciantes experimentarão nos próximos tempos. Esse hábito cria um desafio para varejistas online, empresas de cartão, especialistas em segurança e bancos: oferecer uma boa experiência de comércio eletrônico e, ao mesmo tempo, evitar fraudes.
Tudo na nuvem e de forma segura
Ainda que o NFC já garanta uma proteção maior aos dados dos clientes, há uma necessidade de reforçar as normas de segurança online e desenvolver estruturas sólidas. Vai sair na frente quem conseguir oferecer soluções seguras para bancos, adquirentes e consumidores.
Plataformas de avaliação de risco na nuvem, que permitem às instituições financeiras verificar cada sessão bancária online em tempo real já são uma realidade. É possível analisar atributos do usuário e do dispositivo, como localização geográfica, endereço IP, biometria comportamental dentre outras.
Com isso, os bancos podem definir uma política de autenticação detalhada com base na segmentação e nas preferências do cliente, ocasiões de uso e, ainda, em seus próprios parâmetros, permitindo ou bloqueando a transação, ou desafiando o cliente com uma autenticação por etapas (autenticação step-up).
No caso dos telefones celulares, que são mais suscetíveis ao roubo, esse modelo de criptografia multicamada torna o aparelho uma opção segura contra os ataques, com o acréscimo da proteção por PIN/senha e de fatores biométricos.
Por Cássio Batoni, Head de Marketing & Business Development para Banking Payment Solutions da Thales

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