Ninguém sabe como será nosso futuro pós-pandemia, que está atingindo mundialmente a sociedade. Mas é certo que jamais voltaremos a viver como antes. Por sorte da humanidade, passaremos a ser mais conscientes, empáticos e principalmente, tecnológicos. Todas as outras guerras ou pandemias trouxeram grandes mudanças socioeconômicas, tal como a gripe espanhola, que ocorreu no final da primeira guerra mundial, por exemplo, e nos trouxe a consciência de uma gestão de riscos globais. Seria muito egoísmo da nossa parte querer que tudo voltasse ao “normal”, pois não existirá novamente o “normal”.
Antes de dissertar sobre algumas das mudanças previstas, é importante ressaltar que estamos atualmente na era da Revolução Digital, a qual caracteriza-se por atividades não lineares, já que geralmente não há regras ou metodologias para a execução de um trabalho, ficando embasada na criatividade. E essa passará a ser a característica mais procurada em profissionais. Entretanto, infelizmente algumas empresas ainda se situam com mentalidades da era industrial, possuindo extensas hierarquias, o que dificulta a tomada de decisão e, principalmente, a inovação e a mentalidade linear.
A pandemia do Covid-19 nos trouxe de forma mais materializada o quanto nosso ambiente socioeconômico é cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo. A prova disso é o quanto as empresas avançaram suas Transformações Digitais antes planejadas há mais de 20 anos e avançaram em 10 anos suas ações em basicamente uma semana. O home office, apesar de clichê, comprova essa tese. Em pouquíssimo tempo, algo próximo de 43% das empresas adotaram as devidas práticas, de acordo com a consultoria Betania Tanure Associados (BTA), e o mais curioso disso tudo é que, de forma geral, a produtividade e a concentração dos profissionais aumentaram mais de 20%.
Obviamente que para as organizações, a pandemia evidenciou ainda mais a necessidade da automatização. Recentemente, o CEO do Deutsche Bank previu que metade dos seus 97 mil funcionários poderiam ser substituídos por robôs e, de fato, essa afirmação vai de encontro ao mercado como um todo, pois em muitos casos o ser humano age como um robô e, diferentemente do que muitas pessoas afirmam, a realidade é que quanto mais tecnologia tivermos, mais humanos seremos.
Uma prova disso é o fortalecimento da telemedicina durante a pandemia, ou seja, a junção da tecnologia com a necessidade humana. Com essa solução tecnológica, estamos sendo muito mais humanos do que éramos. Obviamente que teremos mais mudanças significativas causadas pela ascensão da pandemia, como crescimento massivo de sistemas de delivery, tal como a Rappi, que registrou pico de crescimento de 300%; assim como o ensino à distância de forma mais concreta e horizontal, que já vem crescendo mais de 5% ao ano e houve disseminação durante a pandemia; ou até mesmo o aumento de vendas em varejo online, que durante a pandemia representou aumento de 330% somente para alimentos e, obviamente, um consumo menos excessivo ou desnecessário devido a economia compartilhada.
Portanto, temos que nos adaptar às mudanças e, de fato, não espere que o normal seja restabelecido. Na realidade, viveremos com maior frequência eras cada vez mais transacionais e é preciso que você se adeque a essas mudanças econômicas e sociais trazidas pela tecnologia.
Por Victor Carreiro, consultor de Negócios Digital e Transformação na Icts Protiviti
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