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Principais mudanças de comportamento dos consumidores de tecnologia na AL

Entre os novos hábitos estão o maior volume de compras online e o uso de aplicativos para transações financeiras e do PC para assistir a filmes, séries e outros conteúdos online via Netflix, conforme pesquisa da IDC
Principais mudanças de comportamento dos consumidores de tecnologia na AL

Como o comportamento do consumidor mudou com as quarentenas na América Latina? Para obter essa resposta, a IDC, empresa que atua em inteligência de mercado, serviços de consultoria e eventos para os mercados de tecnologia da informação, telecomunicações e tecnologia de consumo, ouviu três mil consumidores da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. A pesquisa foi feita em maio e os resultados – entre outros conteúdos relevantes para o mercado -, foram apresentados no webinar “Necessidades dos consumidores na nova era: Quebrando paradigmas”, na última quarta-feira, 24 de junho.
A evolução do e-commerce, a busca por mais segurança, mais conectividade, o aumento do uso de meios digitais de pagamento, a consolidação do home office e do home schooling e a popularização dos aplicativos de entretenimento, serviços de streaming e jogos digitais, foram os destaques do estudo. Para Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil, não há dúvida que a pandemia mudou os hábitos das pessoas em toda a América Latina e em todos os aspectos, inclusive o modo de usar e consumir tecnologia. Mudou e trouxe novas preocupações. “Com o usuário fazendo mais movimentações financeiras pelo celular e pelo computador, por exemplo, surgiu a necessidade de maior proteção a esses dispositivos”, disse o gerente da IDC Brasil.

Já entre os aplicativos, a preferência dos consumidores latino-americanos durante a pandemia foi pelos de entretenimento (67%), pagamentos (55%), educação (49%), colaboração (38%) e compras (22%)

Mas o medo com a segurança nas transações digitais não brecou o impulso pelas compras. Para cumprir o distanciamento social, muitos consumidores que ainda resistiam ao e-commerce foram seduzidos pelas facilidades e campanhas dos grandes varejistas. Para se ter ideia, no México, as compras online saltaram de 767 para 877 bilhões de pesos mexicanos. E o movimento deve continuar. No Brasil, segundo a IDC, 52% dos entrevistados pretendem fazer mais compras online e 52% disseram que ficarão online mais horas por dia, mesmo após a pandemia.
Muitos consumidores, inclusive, nem pretendem esperar a retomada das atividades normais para comprar produtos de tecnologia. Dos três mil pesquisados pela IDC nos cinco países, 23% têm a intenção de comprar online – e agora – um smartphone, 19% uma impressora, também 19% uma smart TV, 18% querem um notebook e 16% um jogo digital. Na sequência, nas intenções de compra vem tablet (14%), monitor (12%), videogame (12%), assistente digital (11%), PC (10%) e smart watch (10%).
O gerente da IDC Brasil destaca, no entanto, que as intenções de compra durante a pandemia nas duas maiores economias da América Latina são bem diferentes. “Enquanto o mexicano busca por smartphones, smart TVs e videogames, o brasileiro, com uma visão sempre mais otimista, quer consumir mais e, além desses produtos, também incluiu o notebook em sua lista de compras”, afirma.
As quarentenas na América Latina também deram relevância ao PC como ferramenta para assistir a filmes, séries e outros conteúdos de entretenimento. Um estudo da IDC com a Netquest, mostrou que, entre janeiro e abril, no Brasil, houve um aumento de 25% entre os usuários da plataforma Netflix via computador, e apenas 5% via dispositivos móveis. Na Colômbia e no Peru, o crescimento de usuários de PC para acessar o serviço foi ainda maior – de quase 50% -, e entre 15 e 20% via mobile. “Além do aumento no número de usuários, as pessoas também permaneceram mais tem nesses serviços”, afirma Sakis,
Já entre os aplicativos, a preferência dos consumidores latino-americanos durante a pandemia foi pelos de entretenimento (67%), pagamentos (55%), educação (49%), colaboração (38%) e compras (22%).
Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil – Crédito: Viviani Junqueira

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