De acordo com relatório “Reemergindo na nova realidade”, produzido pela Kpmg, há quatro fases que as empresas precisam considerar com relação ao gerenciamento de terceiros como resposta à pandemia da Covid-19. Essas etapas foram divididas em dois momentos, sendo que o primeiro engloba as questões de reação e resiliência, e o segundo, a recuperação e a nova realidade.
Segundo o estudo, a etapa que corrobora com a reação e a resiliência serve para mostrar as mudanças emergenciais para modelos de trabalho remoto e rápida configuração de medidas de gerenciamento de terceiros. Como implicações estão a seguintes: agir no curto prazo para mitigar violação das políticas e riscos em contratos existentes até que nova documentação possa ser redigida; reavaliar os riscos de terceiros (red flags) concluídos antes da pandemia e recalibrar a pontuação de risco à luz da Covid-19; e considerar como os dados internos e externos podem ser aproveitados para obter visibilidade dos ambientes de controle de terceiros.
Para o sócio-líder de práticas do compliance da Kpmg no Brasil, Emerson Melo, os setores precisaram ter uma resposta inicial à crise com estruturação e reação rápida para continuar fornecendo serviços essenciais aos negócios, principalmente os terceiros, que precisaram revisar os modelos de operação e serviços. “A pandemia acabou forçando os terceirizados experimentarem a entrega digital de serviços, trabalho remoto e readequação da força de trabalho. Isso, no curto espaço de tempo, exige uma comunicação estreita entre as organizações e os terceiros para entender as mudanças. As organizações precisam ter flexibilidade e tolerância para permitir um ambiente operacional mais ágil sem negligenciar os controles internos”, complementa.
Com relação à segunda etapa, o levantamento mostra que a recuperação e a nova realidade serão medidas que as organizações precisarão olhar além da pandemia. Segundo o estudo, é possível que novas restrições surjam exigindo bloqueios esporádicos e substituições imediatas podendo ser contínuos e imprevisíveis. “As empresas terão que preparar para novos regulamentos governamentais e incertezas sobre a saúde da cadeia de suprimentos”, explica o sócio da Kpmg, que complementa com as implicações que serão necessárias para adequação da recuperação e nova realidade.
“Será necessário simplificar os processos de avaliação de riscos e reconsiderar o valor das análises in loco. Além disto, precisará melhorar a eficiência dos recursos para supervisão de trabalhadores e contingentes e por fim, investir em monitoramento de riscos proativos e contínuos, para mitigar outros impactos na identificação, monitoramento e gerenciamento de riscos de terceiros”, finaliza.
A Kpmg é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 154 países e territórios, com 200.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são aproximadamente 4.000 profissionais, distribuídos em 22 cidades localizadas em 13 Estados e Distrito Federal.
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