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Trabalho remoto aumenta demanda por notebooks com SSD

Quarentena leva empresas, profissionais e freelancers a investirem em equipamentos mais modernos. Ganhos de eficiência ajudam a consolidar o home office, mesmo após pandemia
Trabalho remoto aumenta demanda por notebooks com SSD

As medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19 levou os notebooks a se tornarem itens de primeira necessidade. Leves e portáteis, eles dão a agilidade e a praticidade necessárias para a boa execução do teletrabalho, ou home office. Segundo a Acer, fornecedor global de computadores e acessórios, a demanda por laptops cresceu quando os trabalhadores começaram a migrar para a modalidade – principalmente por máquinas equipadas com recursos modernos, como o Solid State Drive – SSD.
Segundo Renato Almeida, gerente de produtos sênior da Acer Brasil, a linha de produtos da fabricante no Brasil é atualmente 60% composta por máquinas com o SSD – dispositivos de armazenamento sem partes móveis, ou seja, que se diferem dos hard drives – HDs, por não terem discos. A grande vantagem do recurso é a velocidade muito maior, tanto para ligar o computador como para abrir e executar aplicações – atributo fundamental para quem quer aumentar a produtividade.

Ao mesmo tempo em que o mercado foi afetado positivamente, há outros fatores ruins trazidos pela pandemia, como a alta do dólar, que impactou a importação de componentes e afetou o preço que conseguimos ofertar

“Nosso mix foi ajustado para oferecer uma gama maior de notebooks com essa tecnologia. Temos produtos com HDs e SSDs e outros apenas com SSDs. É um recurso muito pertinente com o momento”, pondera o executivo.
Se até dois anos atrás existia uma grande distância de preços entre SSDs e HDs, o aumento da demanda pela tecnologia de armazenamento em estado sólido impulsionou a fabricação. Hoje há pouca ou nenhuma diferença de valor final entre os equipamentos com HDs tradicionais e aqueles com SSDs.
Outra tecnologia que faz bastante diferença em ambientes de home office é aparentemente simples, mas bastante valorizada: o teclado numérico, que em notebooks até hoje não é muito comum. Os equipamentos da Acer produzidos no Brasil são 100% equipados com as teclas adicionais, que também auxiliam na produtividade, principalmente de quem trabalha com números.
“A duração da bateria também é importante, que no caso de nossos notebooks gira em média de 7 a 8 horas, dependendo do uso”, diz Almeida, que também destaca as tecnologias que equipam os monitores dos laptops. A ComfyView, por exemplo, faz com que a tela reflita menos luz do ambiente, tornando a visualização mais confortável.
O portfólio da marca contempla opções para vários tipos de atividades de trabalho, desde as mais simples, como navegação e produção de textos, até mais robustas, como criação de conteúdos 3D e planilhas de alta complexidade.
Pandemia e demanda
Segundo o executivo da Acer, o grande impulsionador da demanda imediata por notebooks na quarentena é a necessidade de possuir equipamentos capazes de rodar desde aplicações simples, como editores de texto e web browsers, até outras mais pesadas, como ferramentas de comunicação unificada e videoconferência. Muitos consumidores, principalmente aqueles com máquinas de três, quatro ou mais anos em casa, sentiram a necessidade de troca.
“Ao mesmo tempo em que o mercado foi afetado positivamente, há outros fatores ruins trazidos pela pandemia, como a alta do dólar, que impactou a importação de componentes e afetou o preço que conseguimos ofertar”, pondera Almeida. “Estamos no momento tentando equilibrar essa conta, para termos as melhores ofertas diante do cenário.”
Isso não tem impedido boa parte dos consumidores e das empresas – algumas destas últimas precisaram antecipar investimentos a fim de trocarem parques instalados. As maiores tiveram que adquirir uma quantidade maior de produtos, de modo a viabilizar o teletrabalho para um grande número de funcionários que antes trabalhavam em mesas e agora estão em casa.
Esse aumento repentino impactou também os canais da marca. Segundo Almeida, os produtos que estavam em lojas físicas acabaram sendo vendidos online. “Nesse momento nossa estratégia é ter o canal digital absorvendo a demanda. Alguns varejistas foram criativos e inventaram novos formatos, como a venda pelo WhatsApp, inclusive para pequenas empresas”, conta. “O varejo está tentando encontrar formas criativas de vender. E a estratégia tem funcionado.”
A Acer, que opera um canal online de vendas diretas para o consumidor, aumentou nos últimos meses a disponibilidade de produtos em estoque diante da demanda. O objetivo da companhia é manter os preços atrativos no site.
“O que a pandemia está fazendo é acelerar um processo antes gradativo. As empresas estão entendendo que é possível ter produtividade sem o funcionário presente, o que traz benefícios para ambos”, diz o executivo, que também acredita em uma mudança de hábitos de consumo da população. “Quem não fazia compras online agora foi obrigado, inclusive de itens como comida e roupas. Com a pandemia, rompeu- se a barreira para quem ainda estava conservador.”

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