As empresas que trabalham com os chamados serviços públicos, como o fornecimento de energia elétrica, água e gás, ainda utilizam, na maior parte do País, procedimentos para a leitura dos “relógios” (medidores) de consumo analógicos, que são praticamente os mesmos há décadas: a leitura presencial, com um funcionário percorrendo todos os endereços.
E apesar de já existir tecnologia para realizar este procedimento remotamente, sem a necessidade de funcionários visitarem, todos os meses, casa por casa, prédio por prédio, ela ainda não está instalada em uma escala majoritária.
“A medição individualizada de água, por exemplo, passará a ser obrigatória a partir do próximo ano, mas apenas para os imóveis construídos a partir de então; o gás depende da implantação de redes de abastecimento e a energia, precisa que os consumidores optem pelo consumo da tarifa branca”, analisa Octávio Brasil, gerente da CAS Tecnologia.
Ele também ressalta, sobre a mobilidade das equipes de leitura no campo, que há muitas outras atividades operacionais externas ou internas: “As atividades e os desafios diários das distribuidoras aproveitarão as equipes de leituras para processos mais importantes, apontados pelas próprias ferramentas de automatização e que demandarão análises mais assertivas, além das contínuas tarefas de instalação e melhorias em manutenção preventiva”, completa.
Evidentemente, há um custo para a substituição de todos os medidores e isto requer muito planejamento para a sua implantação em massa, já que também as fabricantes dos equipamentos precisarão adequar sua produção. Mas, após as adaptações e mudanças provocadas pelo isolamento social, este processo pode ser acelerado.
Isto porque as concessionárias de água e energia tiveram dificuldades para manter um contingente de trabalhadores em campo, não apenas para atender às emergências e manter as redes de abastecimento funcionando; mas, principalmente para aferir o consumo e emitir as faturas, algumas, como a Enel na cidade de São Paulo, optando pela suspensão da atividade, transferindo-a para o próprio consumidor ou emitindo as contas com base na média de consumo.
“Se confirmada esta tendência de automação de muitos processos, haverá benefícios não apenas para as concessionárias, mas também para os consumidores, já que os medidores digitais permitem que o cliente acesse seus dados e possa administrar o próprio consumo”, explica Brasil
A leitura remota do consumo de energia oferece a possibilidade de as famílias se organizarem para consumir em horários fora do pico de consumo e pagar menos pela eletricidade. A de água, faz com que cada família adote hábitos mais sustentáveis e ainda ajuda na identificação de vazamentos “invisíveis”.
“Ao ter acesso aos dados de consumo em um aplicativo de celular, cada consumidor pode administrar melhor suas finanças pessoais, algo que só é possível quando, ao contrário daqueles que têm a conta unificada com outros consumidores (prédios de apartamentos, shoppings etc), visualizamos os nossos próprios gastos” finaliza.
Empresa especializada em redes inteligentes, que inclui a telemetria de dados de consumo na área de utilities (distribuidoras de água, energia e gás) em diversos países. No Brasil, a CAS Tecnologia já é a principal parceira de mais da metade das distribuidoras do País, com mais de 2 milhões de pontos telemedidos em todas as regiões. No segmento de distribuição de água em condomínios, a empresa atua com destaque na implantação de projetos de medição individualiza.
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MATÉRIA DE CAPA | TIC APLICADA
Campo digitalizado: sustentabilidade e eficiência
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