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Dependência tecnológica: você usa a tecnologia ou ela usa você?

Não é novidade para ninguém que a tecnologia transformou a vida e o cotidiano das pessoas. Ela vem assumindo um papel fundamental em nossa sociedade, desde estreitar nossa comunicação, melhorar a nossa qualidade de vida e até nos ajudar na tomada de decisão. No entanto, do mesmo modo que ela pode facilitar o nosso dia a dia, também pode nos escravizar.
Estamos cada vez mais dependentes de ferramentas tecnológicas, principalmente dos smartphones. Em uma simples tela entre 5 e 6 polegadas, fazemos transações bancárias, conversamos com pessoas do mundo inteiro, baixamos dezenas de aplicativos que auxiliam em nossa mobilidade e a organização da agenda de compromissos, sem falar dos jogos, filmes, séries e músicas para os momentos de distração.
De acordo com o relatório de monitoramento sobre os usuários do aplicativo Moment, as pessoas visualizam a tela do celular 52 vezes por dia e passam 3 horas e 57 minutos usando o smartphone. Outro estudo, realizado pela OnePoll, constatou que a geração Y está cada vez mais dependente da tecnologia. A chamada “geração millenial”, com pessoas entre 18 e 34 anos de idade, quase não descansa devido ao vício em celulares.
Tudo que é em excesso pode trazer prejuízos significativos. Algumas pessoas já não sabem fazer um simples trajeto sem usar o Waze, outras não conseguem anotar seus compromissos sem o auxílio da Inteligência Artificial do smartphone. Nestes casos, o uso do celular não é uma conveniência, mas sim uma questão de sobrevivência.
Essa dependência pode causar vários efeitos colaterais. Além de não conseguir realizar tarefas antes feitas sem o auxílio dos aplicativos, a pessoa pode ficar mais suscetível a apresentar episódios de ansiedade, depressão, insônia e impulsividade. Uma pesquisa recente feita pelo Ibope mostrou que 69% dos entrevistados acreditam que o celular afeta negativamente suas vidas, mas mesmo assim, não conseguem viver sem ele.
Na verdade, ninguém precisa se livrar das tecnologias conquistadas. O segredo está em equilibrar os prazeres que as ferramentas tecnológicas proporcionam com o mundo real. Aproveite os recursos para tornar o dia a dia mais prático, para manter sua agenda organizada, para fazer anotações, ter um aplicativo que ajude com os exercícios da academia, com a previsão do tempo ou até mesmo que mostre o como está o trânsito. Mas use do bom senso. Afinal, de que vale os avanços tecnológicos se você for escravizado por eles?
Por Alessandra Montini, diretora do LabData, da FIA

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