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Nas 250 maiores empresas locais, apenas 3% dos CEOs são mulheres

Na semana do Dia Internacional da Mulher, estudo da Bain & Company feito em conjunto com o LinkedIn destaca que ainda falta percorrer um longo caminho até a equidade de gênero no País
Nas 250 maiores empresas locais, apenas 3% dos CEOs são mulheres
Apesar de muito mais conscientes do que no passado, empresas brasileiras ainda não dão a atenção necessária à importância da igualdade de gênero nas organizações. Estudo recente da Bain & Company, em parceria com o LinkedIn aponta que apenas 38% das mulheres acreditam que as lideranças consideram a conquista da igualdade de gênero um imperativo estratégico.
A disparidade entre discurso e ação fica mais evidente ao revelar outro dado da pesquisa: para 82% das mulheres e 66% dos homens, alcançar a igualdade de gênero deveria ser uma das cinco principais prioridades para as companhias. “As empresas precisam definitivamente tomar medidas para encarar o desafio e sobretudo as enormes oportunidades que a paridade de gênero é capaz de promover”, afirma Luciana Batista, sócia da Bain & Company.
Da mesma forma, os brasileiros estão convencidos da importância da diversidade para o negócio. Entre 85% e 95% das pessoas entre os grupos entrevistados (mulheres, homens, LGBT+, negros e outras etnias) entendem que equipes de liderança diversas oferecem melhores resultados.
O estudo também mostra que o panorama da presença da mulher no mercado de trabalho pouco se alterou desde 2013 e que o nível de aspiração e confiança não é uma barreira para o desenvolvimento da carreira de executivas em posições de liderança. A confiança de homens e mulheres é influenciada por diferentes fatores no decorrer da carreira. Mulheres em posições mais juniores têm maior necessidade de acreditar que têm as habilidades necessárias para manter a confiança, enquanto as que ocupam postos de liderança necessitam mais da rede de apoio para manter seu nível de confiança elevado.
A desigualdade em oportunidades de carreira para homens e mulheres permanece, porém, a diferença da percepção entre os gêneros se reduziu desde 2013. Apenas para 36% das mulheres há igualdade nos processos de seleção para posições executivas ou de gestão. Entre os homens, o índice é de 51%. A diferença de percepção se mantém para oportunidades de promoção e indicação.
Mulheres na liderança sênior recebem feedbacks de mudança de estilo e necessidade de comprovação de seus feitos com maior frequência que homens e relatam sofrer mais frequentemente eventos de exclusão e preconceito no ambiente de trabalho.
A atuação da empresa em temas de diversidade e igualdade de gênero aumenta substancialmente o engajamento dos colaboradores. Há empresas que estão desbravando esse caminho, reescrevendo seu legado e, como resultado, desfrutando dos benefícios oriundos dessa prática. Entre as mulheres ouvidas pela pesquisa, apenas 26% recomendariam a sua empresa para amigos ou familiares. Quando se estuda apenas o grupo que acredita trabalhar em uma organização com boas práticas igualitárias, esse índice sobre para 63%.
Cinco recomendações para aumentar a diversidade e a inclusão nas empresas
O estudo trouxe ainda cinco descobertas que servem como sugestão para aumentar a diversidade e inclusão nas empresas. São elas: focar em fatos; cascatear a partir da liderança; mitigar vieses sistematicamente; implementar políticas e iniciativas de forma efetiva; e por fim, comunicar com intenção e construir cultura inclusiva, vinculando diversidade e inclusão no propósito fundamental da empresa.
Serviço
http://www.bain.com.br
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