Reporte global realizado pela escola aponta ainda que os alunos formados na capital paulista recebem, em média, pouco mais de R$ 5.000. Já os designers de UX/UI possuem salário por volta de R$ 4.500. Especialista na formação de profissionais dessas áreas, a escola Ironhack elaborou um relatório abrangente sobre a taxa de empregabilidade de seus alunos por meio de uma pesquisa com 1.126 estudantes matriculados nos cursos de Desenvolvimento Web e Design UX/UI – período integral e parcial – em 2018. O relatório contém dados de todos os campus ativos da Ironhack: Madrid, Barcelona, Berlim, Amsterdã, Cidade do México, Lisboa, Miami, Paris e São Paulo.
Segundo o relatório, 97% das pessoas que se matriculam conseguem se formar. Entre os formados, oito em cada 10 conseguem emprego em até 90 dias após a conclusão do curso. O número aumenta para 90%, quando a análise leva em conta 180 dias.
Por cidades e seis meses depois do término do curso, São Paulo lidera o ranking com 100% dos contratados, seguido por Barcelona e Berlim (ambas com 94%), Paris (90%), além de Madrid e Cidade do México (ambas com 89%). Amsterdã e Miami ocupam as últimas posições com 88% e 78%, respectivamente.
Cabify, Everis, CareCloud, Orange, Minsait ou Capgemini são algumas das 600 empresas com as quais a Ironhack mantém contratos de contratação. Se a situação dos alunos for analisada ao final do treinamento, 7 em 10 encontram trabalho no final do curso, dos quais 74% obtêm um cargo relacionado ao setor, enquanto o restante está desempregado. Desses, apenas 5% estão em busca ativa de emprego.
Desenvolvedor Web
63% dos graduados (707 alunos) estavam matriculados em um curso de Desenvolvimento Web. Desses 95% que conseguiram se formar, 84% conseguiram um emprego no primeiro trimestre (3 meses) após a conclusão do curso, percentual que sobe para 92% se for analisado o primeiro semestre (6 meses).
Nacionalmente, em São Paulo, as taxas de inserção são superiores à média global (100%). Considerando os salários médios, um desenvolvedor web de nível básico ganha R$ 5.003 por mês. Em âmbito internacional, embora Paris seja uma das cidades mais caras do mundo, o salário para esse setor não é o maior (R$ 13.760/mês). Berlim oferece um salário médio um pouco maior (R$ 13.900/mês). No entanto, é em Miami que os profissionais formados pela Ironhack são mais bem pagos, alcançando R$ 16.130 mensais. No extremo oposto está o México, com cerca de R$ 6.297 por mês.
Julia Ramos, formada em Web Development da Ironhack, conseguiu emprego antes mesmo de concluir o curso. “O bootcamp me deu tudo que eu precisava. Além do conhecimento técnico, ele nos prepara para entrar no mercado de trabalho. Os projetos e exercícios produzidos durante o curso também serviram como portfólio”, relatou a estudante.
Entre os 5 principais cargos mais procurados nesta área estão: Desenvolvedor Front-end (17%), Desenvolvedor Web (14%), Desenvolvedor Full-stack (14%), Engenheiro de Software (3%) e Software Developer Software (3%).
Designer de UX/UI
A porcentagem de alunos que optaram pelos cursos de UX/UI Design é de 37% do total de matrículas. A proporção de graduados é de quase 99%, e 7 em cada 10 estudantes encontraram emprego nos 90 dias após a conclusão do curso, uma porcentagem que aumenta até 86% se analisada após 6 meses. Uma figura impressionante que é explicada pela novidade do programa, bem como pela demanda incipiente.
Dos estudantes que estudaram UX/UI Design, a maioria encontrou trabalho nesse campo específico (31%), 18% trabalha como UX Designer apenas em comparação com 3% que são especialistas em UI Designer. Além disso, 5% foram contratados como designer de produto e 4% como consultor de UX/UI.
Em São Paulo, os UX/UI Designers ganham em média R$ 4.532 por mês. Miami tem os salários mais altos novamente, atingindo R$ 17.728, e o México um dos mais baixos, com R$ 5.122/mês. No entanto, nessa especialização, Paris ultrapassa Berlim, com R$ 13.814/mês, em comparação com os R$ 12.729 de média na capital alemã.
Perspectivas futuras
Referência global da marca pelo fato de contar com uma taxa média de empregabilidade de 90% entre seus alunos – resultado superior aos 85% de índice mundial da escola, a Ironhack São Paulo fechou o ano passado com mais de 200 estudantes formados. Em 2020, a escola prevê dobrar o número de alunos formados.
Para alcançar o objetivo, a Ironhack pretende oferecer aos estudantes novas opçōes de financiamento dos cursos e aumentar a quantidade de parcerias com empresas estratégicas ao longo do ano. O projeto de expansão está sendo planejado desde o 2º semestre de 2019, quando a escola captou o seu segundo aporte, na ordem de US$ 4 milhões, em rodada liderada pelo JME Venture Capital, visando ampliar a presença da marca na América Latina.
“Queremos continuar transformando positivamente a vida das pessoas. Atualmente, muitos formandos já se destacam no mercado e a ideia é que o cenário evolua ainda mais neste ano com essas iniciativas, até porque temos um dos maiores déficits de profissionais qualificados na área da tecnologia em todo o mundo”, conclui Alexandre Tibechrani, general manager da Ironhack no Brasil.
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Anônimo
Propaganda enganosa. Eu, como muitos outros ex-alunos, não conseguimos empregos após o bootcamp e não tivemos qualquer ajuda da escola nesse sentido.