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Dia da Internet Segura: Você está mesmo protegido? Descubra com esse teste

Especialistas de cinco empresas de tecnologia sugerem como aproveitar o dia 11 de fevereiro para verificar senhas, backups e atualizações de aplicativos
Dia da Internet Segura: Você está mesmo protegido? Descubra com esse teste

Com quase 80% da população brasileira vivendo em domicílios com acesso à internet, os crimes estão migrando para as redes. O País já é um dos que têm mais usuários atacados em golpes de “phishing”, em que cibercriminosos tentam capturar dados pessoais – como número do cartão de crédito ou senhas – usando e-mails ou outros tipos de mensagens falsas. Será possível se proteger desse tipo de problema?
Para alertar a população sobre o assunto, a Rede Insafe estabeleceu o Dia da Internet Segura, mobilização anual global sobre uso livre e seguro da internet. Reconhecida em mais de 140 países, neste ano a data será comemorada em 11 de fevereiro.
Que tal começar a conscientização por você mesmo? Especialistas de cinco empresas de tecnologia indicam os erros de segurança online mais comuns e apontam como resolvê-los. Faça o teste e confira:
1) Atenção com senhas: não repita combinações e use gerenciadores
Pode parecer brincadeira, mas o descuido com senhas ainda é um dos principais problemas de segurança na internet. Senhas fracas, relacionadas com informações pessoais (como data de aniversário ou número de telefone), precisam ser banidas. Repetir senhas é outro erro. “Por comodidade, é comum que as pessoas usem a mesma combinação em vários cadastros, inclusive em sites pouco confiáveis”, diz Denis Lourenço, coordenador de Segurança da Informação da HostGator, multinacional de hospedagem de sites. “Mas os hackers sabem disso. Quando um site é invadido e o cadastro das senhas dos usuários vaza, eles costumam testá-las em serviços de e-mail ou redes sociais – e, muitas vezes, conseguem acessá-los sem dificuldades”, alerta.
Solução: Em vez de continuar anotando as combinações na agenda ou em documentos salvos no computador – mais um erro – use gerenciadores de senhas ou softwares criptografados que armazenam códigos distintos para cada site acessado. Assim, você só precisará lembrar da senha do próprio gerenciador, protegendo as outras.
2) Para transações financeiras, acesse apenas o aplicativo do banco
Cerca de 60% das transações bancárias já são feitas por meios digitais, como celular ou computador, segundo pesquisa da Deloitte e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). É um conforto resolver a vida financeira sem enfrentar a fila do banco, mas mexer com dinheiro na internet envolve outros poréns: 70% das fraudes na internet estão ligados à captura de dados pessoais. Isso acontece porque muitos usuários ainda caem em golpes simples, como o “phishing” e “SMShing”, que “pescam” números de cartões de crédito e senhas por meio de e-mails ou mensagens de SMS.
Solução: É fundamental que os usuários façam transações apenas por meio do aplicativo do banco, diz Guilherme Verdasca, CEO da Transfeera, startup open banking. “E em compras online, use um cartão virtual, que evita que os sites guardem as informações do cartão de crédito”, recomenda. Habilitar a verificação em duas etapas no aplicativo do banco e utilizar antivírus são outras formas de se proteger. Para empresas também vale a pena, segundo Verdasca, automatizar processos, fazendo com que transações do mês sejam efetuadas sempre na mesma data. “Dessa forma, a operação será executada conforme o previsto e o valor de dinheiro que sobra na conta será quase sempre o mesmo”, orienta o executivo.
3) Adote o hábito do backup e proteja-se do roubo de dados
Sequestro de dados, já ouviu falar? Feitos por hackers, esses ataques bloqueiam dispositivos – como um celular ou um computador – e, como nos sequestros de pessoas, o acesso só é devolvido mediante o pagamento de resgate. Dependendo do alvo e da sensibilidade dos dados capturados, o valor exigido pelos criminosos pode ultrapassar US$ 50 mil (algo em torno de R$210 mil) – sem garantia de devolução. “O Brasil é o terceiro país que mais sofre ataques cibernéticos no mundo, e o sequestro de dados tem se tornado cada vez mais comum”, diz Odilon Pscheidt, gerente comercial de Data Center da Unifique, operadora catarinense de internet. “Falta a cultura de segurança da informação”, diz o especialista.
Solução: Algumas medidas de segurança e o hábito do backup ajudam a reduzir os danos do roubo de dados, sem a necessidade de pagar para recuperá-los. Os backups devem ser feitos em soluções adequadas a cada tipo de necessidade. O ideal, segundo Pscheidt, é utilizar a norma internacional: ter pelo menos três cópias dos dados, armazenar estas cópias em duas mídias diferentes e manter uma cópia do backup fora do site. “A medida representa um risco menor em caso de ataque. Isto quer dizer que, além do dado primário, você deve ter mais duas cópias dos seus arquivos, armazenadas em mídias diferentes”, diz.
4) Use aplicativos criptografados para trocar informações sigilosas
Para proteger informações confidenciais de uma conversa – seja com um amigo, seja com seu chefe – usar serviços seguros de mensagem é essencial. “Não é preciso ser um especialista para saber que existem diversas formas de acessar mensagens e arquivos de celulares. Quando se fala de informações com conteúdo pessoal ou sensível, segurança nunca é demais”, diz Fabio Fernandes, gerente de Produto de Comunicação na Dígitro Tecnologia.
Solução: Aplicativos que utilizam criptografia de ponta a ponta garantem que apenas quem envia a mensagem e quem recebe terá acesso ao conteúdo. “Essa tecnologia garante que as mensagens sejam praticamente impossíveis de decifrar por qualquer outro, incluindo o provedor de internet”, afirma Fernandes. Para empresas, existem no mercado opções específicas voltadas à comunicação corporativa.
5) Atualize os sistemas com regularidade
De tempos em tempos, os sistemas operacionais de computadores e smartphones, programas e aplicativos precisam ser atualizados. Mas é muito comum não se dar a atenção devida para isso. “Muitas vezes a pessoa não dá bola ou deixa para fazer depois, e acaba não fazendo. A atualização é importante pois todos os dias existem hackers agindo para invadir dispositivos e roubar dados. Essas atualizações são fundamentais para trazer mais segurança para os usuários, além de melhorar os sistemas e corrigir eventuais falhas em versões anteriores”, explica Ronald Glatz, analista de suporte na Supero Tecnologia, empresa especializada em fornecer soluções em tecnologia da informação.
Solução: Uma alternativa é configurar as atualizações automaticamente. “Praticamente todos os sistemas operacionais de computadores e smartphones têm essa opção hoje em dia, o que facilita a vida das pessoas, evitando a preocupação de esquecer. Para quem prefere, ainda existe a opção de fazer manualmente”, finaliza Ronald.

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